Rumo ao Congresso Eucarístico
“A morada natural da esperança é um «corpo» solidário, no caso da esperança cristã este corpo é a Igreja, enquanto o sopro vital, a alma desta esperança é o Espírito Santo. Sem o Espírito Santo não se pode ter esperança”
Papa Francisco
“Sede alegres na esperança”, recomenda S. Paulo aos cristãos de Roma perseguidos pelo poder político e necessitados de reforçar as relações dentro e fora da comunidade. E acrescenta outras de grande valor para dar testemunho da fé operativa.
Que alegria terão sentido os discípulos de Emaús ao encontrarem a comunidade de Jerusalém em assembleia! E que comoção ao verem confirmada a novidade surpreendente do fazer caminho e estar à mesa com Jesus ressuscitado! E ao poderem partilhar a experiência por eles vivida: “Contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus quando Ele partiu o pão”. Que conforto recíproco terão saboreado!
Agora, um novo laço os une. Além do sangue familiar, entre alguns, da memória agradecida de uma história comum nos caminhos da Galileia e noutras terras, da amizade alimentada em convívios e conversas, surge o facto novo que a todos entusiasma: O de serem constituídos testemunhas de Jesus ressuscitado, de beneficiarem da graça da sua aparição, de receberem o encargo do seu anúncio até aos confins da terra, a começar por Jerusalém (Lc 24, 40). E de contarem sempre com o Espírito Santo, o prometido por Deus Pai: “Por isso, esperai na cidade, até que sejais revestidos da força do alto”.
Que conforto psicológico e espiritual lhes terá advindo deste regresso à cidade, testemunha do processo iníquo, onde tem de recomeçar a nova etapa da evangelização. Em Igreja, claro! Etapa que prossegue ao longo da história. Etapa em curso na busca de novos rostos e novas ousadias, novos métodos e novas atitudes. Etapa que brota da Eucaristia celebração para chegar à Eucaristia missão.
O Papa Francisco lembra que: “A morada natural da esperança é um «corpo» solidário, no caso da esperança cristã este corpo é a Igreja, enquanto o sopro vital, a alma desta esperança é o Espírito Santo. Sem o Espírito Santo não se pode ter esperança”.
Georgino Rocha