Banca da Batita |
A Lita também quis ver a mulher-estátua a mexer-se |
Criança a desfiar a mulher-estátua |
João Tiago |
Volto, como prometido, ao projeto “Artes no Canal” que visitei ontem, sábado, com dia luminoso e convidativo para uma saída. No meu caso, para retemperar ânimo, um pouco em baixo. Sair de casa ajuda a espairecer.
Para além das bancas de vendas, onde se mistura o artesanato com outros produtos, acabamos por perceber que há rostos habituais com artigos habituais, nem sempre a condizer. A exposição-venda de uma artesã gafanhoa, a Batita, lá estava, com sua mãe a substitui-la, como tem acontecido noutras alturas. Dispensando-me de deixar o registo de tantos trabalhos exibidos, tive pena de não detetar mais ninguém das Gafanhas, mas seria natural e expetável que lá estivessem. Se errei, alertem-me.
Motivo de atração para todos quantos passavam, com destaque para a pequenada, foi a mulher-estátua, na sua postura rígida, só alterada quando alguma moeda caía na caixinha à sua frente. As crianças, o melhor do mundo segundo Pessoa, passavam do espanto à admiração, com desafios, olhares, aproximações e palmas que não alteravam o rigor da postura. E então, quando tilintavam as modas na caixa, lá se mexia a mulher-estátua, serenamente, para gáudio dos mais pequenos e de alguns mais maduros.
Também apreciei jovens que integram ASK – Aveiro Sketchers, um grupo que desconhecia e que abordarei amanhã. O seu projeto, cujo nome indica a naturalidade estrangeira, cultiva o desenho que posteriormente partilha nas redes sociais. Cinco jovens “retrataram” com arte o ambiente da Praça Dr. Joaquim de Melo Freitas.
Visita que recomendo em próximas edições.