Georgino Rocha
ITINERÁRIO DE ACOMPANHAMENTO -2
Esta fase está marcada pela caminhada em grupo. Supõe a escolha livre de cada participante e o apreço pela relação de ajuda que a equipa composta pelo pároco/padre e casais acompanhantes fomente. E pretende alargar horizontes ao amor conjugal de modo a apreciar o que já se vive e a desejar prosseguir a reflexão em conjunto. Corresponde ao cap. V de “A Alegria do Amor” .
Convém pôr em destaque a missão a que está chamado o casal e a grandeza da sua doação generosa. Usar a pedagogia “do gota-a-gota”, indo e vindo sempre que necessário. Dedicar-lhe as sessões indispensáveis. Fazer surgir as áreas de apostolado em que se podem vir a envolver;
Esta fase supõe que há orientações sobre este assunto, apesar do discernimento ser pessoal/ local. É claro que as tarefas que decorrem do baptismo podem ser assumidas e valorizadas; outras que, de algum modo, sejam feitas em nome da comunidade devem ser ponderadas, tendo em conta o bem possível.
1. Apresentar um quadro síntese destas áreas e suscitar outras. Deixar que o diálogo se alongue e possa levantar questões;
2. Dar a conhecer em equipa os serviços assumidos e fazer festa pela decisão tomada; procurar a melhor forma de informar os grupos que se situam na área escolhida e/ou a comunidade paroquial/sector diocesano;
3. Reforçar a missão do casal, designadamente na educação dos filhos, a partir do cap. VII de “A Alegria do Amor” que nos serve de guia para a fase do itinerário que estamos a percorrer. Mesmo que os participantes não sejam pais/mães, pretende-se que a família seja assumida como igreja doméstica e fermento evangelizador na sociedade. (AL nº 290);
4. Assumir o acompanhamento, ainda que discreto, de casais amigos e conhecidos que precisem de rever a sua situação conjugal e familiar (AL cap VIII; e, se for o caso, estar disponível para apoiar as famílias, designadamente a nível da espiritualidade conjugal e familiar;
5. Ter no horizonte encontros de partilha de vida e da missão, agora reconhecida oficialmente (cf. Diocese de Aveiro, Programa Pastoral 2017/18, p. 40). Ou algo semelhante. O que predomina é a mistagogia do amor matrimonial em ordem a ir tão longe quanto possível e viver a fase da relação familiar em que o casal se encontra.
Nota informativa: O Jornal “Correio do Vouga” e o sítio da Comissão Diocesana de Pastoral, de Aveiro, em 2017, publicam artigos meus sobre a situação dos católicos divorciados recasados civilmente que querem rever a sua situação matrimonial face à Igreja.
Aveiro, 11 de Dezembro de 2017