«Na sua mensagem de 25 de Dezembro, o Papa Francisco começou por aqui: “Enquanto sopram no mundo ventos de guerra e um modelo de progresso já ultrapassado continua a produzir degradação humana, social e ambiental...” É difícil não querer citar o Papa Francisco quando o ouvimos ou lemos porque há no que ele diz, nas palavras escolhidas, uma qualidade rara da própria palavra, do verbo resgatado à usura, ao abuso. Quem já tenha estado no meio de uma multidão a escutar Francisco é testemunha de como este papa tem uma extraordinária capacidade empática, que vem da postura, da voz, da entoação, da proximidade, ou humanidade, que consegue pôr no que diz, sem nada soar a falso, ou a esforço. Mas, além disso, Francisco devolve às palavras uma força que só por si é acção. Quem diz estas palavras tem o que dizer, e di-lo porque tem de ser.»
NOTA: Texto de Alexandra Lucas Coelho no Sapo. Uma leitura para todos os meus amigos.
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