sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Palmeira do Zé da Branca

Um símbolo que desaparece





Um símbolo, um ícone, um marco da nossa Terra “tombou”.   A velha palmeira do Zé da Branca, com 126 anos, sucumbiu à praga do Escaravelho da Palmeira e ao corte cirúrgico duma motosserra. Durante mais de um século a marcar um Lugar, a Cambeia, que toda a gente designava como o Sítio da Palmeira.
Abrigou muitos  Reis Magnos que, em Janeiro de cada ano, aí se encontravam, para planearem a viagem à descoberta do Menino.E quantos de nós, aproveitando a sua sombra benfazeja, desfiávamos os sonhos de meninos…
Pois um insecto conseguiu murchá-la, destruí-la… e uma serra, no dia 13 de Setembro de 2017, desceu-a do pedestal, ficando reduzida a um pequeno tronco seco, mirrado, que apenas nos recorda, com saudade, a Palmeira do Zé da Branca.

HRocha

1 comentário:

  1. O lugar terá sempre esse nome que ficou, foi galgando gerações e tornou-se memória de um espaço de encontros e de tantos desafios ligados à borda. Um verdadeiro símbolo da resistência dos que ali moravam mais perto e dos que procuravam o sossego antigo das praias, vendo tanta vida passar no cruzamento, do alto. Um símbolo que hoje apenas agita a lembrança de eternas horas ali passadas, que perduram enquanto houver um que se reconheça na sua sombra. A memória consegue ser mais forte que a natureza das espécies.

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