Mesmo com tempo sem sabor a verão, fui de fugida à Barra para me encontrar com um amigo e para apreciar o movimento próprio da época. Sem o sol que tanto aprecio, dei conta de centenas e centenas de pessoas de todas as idades que, apressadas, queriam beneficiar de algum calor iodado apesar do ventinho irritante. De trouxas às costas: mantas, cestos, guarda-sóis, toalhas, chapéus e roupas de agasalho, talvez adivinhando o pior, lá rumavam ao areal.
Quis estacionar o carro, mas nenhuma porta se abriu e fugi então para a beira-ria, onde o sossego era mais sentido e vivido. Gostei do que vi. E também por ali fiquei a contemplar a azáfama dos mariscadores, as águas calmas da laguna, uns pescadores na sua faina silenciosa e desprendida. E ao longe, não muito, está bem de ver, o casario do Forte, de S. Jacinto, do Farol e o céu azul, com convites para que volte sem intenção de pisar a areia, que não aprecio.
Boas férias para todos.