A propósito do "Prós e Contras"
de segunda-feira
«Como é sabido, as boas notícias não são notícia e, como ficou patente naquele debate, já há boas notícias, embora não suficientes, no que respeita à tentativa de ultrapassagem das questões da periferização dentro do país. Percebo que não seja muito "sexy" ver os mais populares programas televisivos "raptados" de Lisboa, da agenda da capital, desse mundo que vive entre os jornais e os deputados, entre os donos do regime e os que os comentam.
As televisões, como se queixava com razão uma participante, mostram ainda o interior como um espaço de tipicismo rural, decadente, feito de clichés de aldeia, de cabelos brancos e de uma simplicidade amável parada no tempo, para a qual alguns olham com paternalismo complacente.»
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NOTA: O autor deste texto, Francisco Seixas da Costa, tem carradas de razão. Partilho inteiramente as suas considerações. Há muito que defendo que as boas notícias devem ter prioridade na comunicação social, mas raramente ocupam os espaços nobres de alguns dos nossos jornais, televisões e rádios. Alguém me dizia, há dias, que uma ação cultural não era notícia. Seria notícia, digo eu, a chegada de um craque (?) do futebol, ou de um pândego sem habilidade ao menos para nos fazer rir. E assim vai um jornalismo que vive do crime, do futebol, do acidente na estrada e dos donos do regime e dos seus comentadores.