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“E setembro chegou, vamo-nos separar…” rezava assim a canção do Duo Ouro Negro nos tempos da juventude em que o tempo fluía pachorrentamente. Era o tempo dos sonhos, das ilusões, dos amores do verão que viam chegar o seu termo… como castelos na areia.
30.09.2016
O par romântico Johny Halliday e Sylvie Vartan era o ícone da canção ligeira dos anos sessenta, com que os jovens se identificavam e lhes povoava o imaginário, em tempos de lazer.
O mês de setembro fazia a transição entre o período mais ou menos longo das férias e o início das atividades em vários setores da vida do país – La Rentrée.
Hoje, na senioridade, mudaram-se os tempos, mudaram-se as vontades. Férias podem ser sempre que o homem quiser…ou quando a mulher decidir…
Após as férias programadas com toda a antecedência e já gozadas, ainda deu para uma escapadinha à zona mais cobiçada do país, mais procurada e com uma oferta turística muito variada - o tão almejado Algarve. Se, na época alta, a costa algarvia é o destino de uma avalanche de veraneantes, nacionais e estrangeiros, no mês de setembro é pouco mais que uma ilha abandonada, não totalmente deserta.
As águas tépidas do mar, as temperaturas amenas de um clima mediterrânico, a gastronomia algarvia constituem um chamariz e uma atração para milhares de forasteiros de cá e além mar.
Nesta etapa da vida em que me encontro, sem a obrigatoriedade de gozar férias no mês de agosto, sem o espetro de um novo ano letivo que se visualizava pela frente, tive o privilégio e o convite de uma pessoa amiga para uma temporada nesta zona do país.
As temperaturas ainda se mantêm apelativas, sem o calor tórrido dos meses anteriores, julho e agosto.
As praias do Algarve ora rochosas ora de areia fina e dourada são um deleite para a vista e um remanso para a vida agitada dos nossos dias. Nesta altura do ano parecem quase desertas, apenas frequentadas por algum turista tardio, ou por pessoas maduras já aposentadas. Goza-se de uma tranquilidade suprema num amplexo de mar e céu.
O mar convida a uns bons mergulhos, revigorantes e demorados, já que a temperatura da água não enregela quem nela entra, como nas nossas praias do norte. Se houve até quem dissesse que no Algarve a água do mar parece caldo, eu confirmaria, acrescentando uma achega: com uma pedrinha de gelo em toda a extensão, para lhe dar frescura sem lhe retirar o sabor.
Caminhar pelo extenso areal livremente, sem atropelos, sentir o afago das ondas e o cheiro a maresia… é quase prefigurar o Nirvana!
Como portuguesa faço parte dos de dez milhões, que muito agradecem ao nosso rei D. Afonso III, pela ousadia que teve em conquistar definitivamente a última porção de território, aos mouros, em 1249. O Algarve foi o último reduto anexado, a compor, airosamente, o ramalhete deste “jardim florido à beira-mar plantado”. Sem este canteiro a bordejar o Mar Mediterrâneo na costa vicentina, Portugal seria um país inacabado sem o encanto das ninfas a inspirar marinheiros e poetas.
Como os Castelhanos sempre quiseram meter o bedelho onde não eram chamados, a cobiça deste país de costas largas, sempre esteve na sua mira. De temperamento arrojado, o povo lusitano declarou a necessidade de por o preto no branco, fazendo a “escritura” do terreno. Assim nasceu o Tratado de Badajoz em 1267 e foi reconhecida a posse do Algarve como sendo território português. Dada a importância desta conquista, o nome oficial do reino seria frequentemente designado de Reino de Portugal e do Algarve, mas nunca foram constituídos dois reinos separados.
O espírito aventureiro e conquistador dos nossos antepassados encheu-nos de glória com o alargamento do território e o império ultramarino conquistado.
Como na vida nada é eterno, também o império se desmoronou e a glória se dissipou!
Mas o Algarve, que Deus o conserve e ninguém o venha usurpar!
Lá diz o povo: De Espanha, nem bom vento, nem bom casamento!
O Algarve? Ah…O Algarve…Tem encanto em qualquer recanto e em qualquer estação!
O mês de setembro fazia a transição entre o período mais ou menos longo das férias e o início das atividades em vários setores da vida do país – La Rentrée.
Hoje, na senioridade, mudaram-se os tempos, mudaram-se as vontades. Férias podem ser sempre que o homem quiser…ou quando a mulher decidir…
Após as férias programadas com toda a antecedência e já gozadas, ainda deu para uma escapadinha à zona mais cobiçada do país, mais procurada e com uma oferta turística muito variada - o tão almejado Algarve. Se, na época alta, a costa algarvia é o destino de uma avalanche de veraneantes, nacionais e estrangeiros, no mês de setembro é pouco mais que uma ilha abandonada, não totalmente deserta.
As águas tépidas do mar, as temperaturas amenas de um clima mediterrânico, a gastronomia algarvia constituem um chamariz e uma atração para milhares de forasteiros de cá e além mar.
Nesta etapa da vida em que me encontro, sem a obrigatoriedade de gozar férias no mês de agosto, sem o espetro de um novo ano letivo que se visualizava pela frente, tive o privilégio e o convite de uma pessoa amiga para uma temporada nesta zona do país.
As temperaturas ainda se mantêm apelativas, sem o calor tórrido dos meses anteriores, julho e agosto.
As praias do Algarve ora rochosas ora de areia fina e dourada são um deleite para a vista e um remanso para a vida agitada dos nossos dias. Nesta altura do ano parecem quase desertas, apenas frequentadas por algum turista tardio, ou por pessoas maduras já aposentadas. Goza-se de uma tranquilidade suprema num amplexo de mar e céu.
O mar convida a uns bons mergulhos, revigorantes e demorados, já que a temperatura da água não enregela quem nela entra, como nas nossas praias do norte. Se houve até quem dissesse que no Algarve a água do mar parece caldo, eu confirmaria, acrescentando uma achega: com uma pedrinha de gelo em toda a extensão, para lhe dar frescura sem lhe retirar o sabor.
Caminhar pelo extenso areal livremente, sem atropelos, sentir o afago das ondas e o cheiro a maresia… é quase prefigurar o Nirvana!
Como portuguesa faço parte dos de dez milhões, que muito agradecem ao nosso rei D. Afonso III, pela ousadia que teve em conquistar definitivamente a última porção de território, aos mouros, em 1249. O Algarve foi o último reduto anexado, a compor, airosamente, o ramalhete deste “jardim florido à beira-mar plantado”. Sem este canteiro a bordejar o Mar Mediterrâneo na costa vicentina, Portugal seria um país inacabado sem o encanto das ninfas a inspirar marinheiros e poetas.
Como os Castelhanos sempre quiseram meter o bedelho onde não eram chamados, a cobiça deste país de costas largas, sempre esteve na sua mira. De temperamento arrojado, o povo lusitano declarou a necessidade de por o preto no branco, fazendo a “escritura” do terreno. Assim nasceu o Tratado de Badajoz em 1267 e foi reconhecida a posse do Algarve como sendo território português. Dada a importância desta conquista, o nome oficial do reino seria frequentemente designado de Reino de Portugal e do Algarve, mas nunca foram constituídos dois reinos separados.
O espírito aventureiro e conquistador dos nossos antepassados encheu-nos de glória com o alargamento do território e o império ultramarino conquistado.
Como na vida nada é eterno, também o império se desmoronou e a glória se dissipou!
Mas o Algarve, que Deus o conserve e ninguém o venha usurpar!
Lá diz o povo: De Espanha, nem bom vento, nem bom casamento!
O Algarve? Ah…O Algarve…Tem encanto em qualquer recanto e em qualquer estação!
30.09.2016