o capitão Valdemar Aveiro diz que
«Ílhavo vive a “agonia” da pesca do bacalhau»
Valdemar Aveiro (foto do meu arquivo) |
Valdemar Aveiro diz, nessa entrevista, que «A cidade de Ílhavo monopolizava a pesca do bacalhau. As classes dirigentes, tanto na oficialidade, capitães e imediatos, como nas mestranças, era tudo de Ílhavo, incluindo contramestres, cozinheiros e motoristas».
Refere que «A Gafanha da Nazaré, mais terra de pescadores e hoje igualmente cidade, assistiu no século XX ao crescimento de secas, armazéns, oficinas e estaleiros, primeiro, depois de câmaras frigoríficas e unidades industriais de transformação de pescado.»
Da sua cidade natal, Valdemar lembra que «Ílhavo era uma terra essencialmente marítima focada na pesca do bacalhau. Era uma cidade muito alegre e cheia de vida e hoje não tem nada. Começaram com o abate dos navios e hoje é uma cidade fantasma e na Gafanha está tudo a falir».
Ler reportagem de Miguel Souto aqui
NOTA: A destruição da frota bacalhoeira foi, realmente, um crime. Um crime que os nossos governantes aceitaram ou foram obrigados a aceitar. Não houve firmeza nas negociações nem respeito pelas nossas tradições históricas no âmbito da pescas. Portugal foi na onda das promessas e dos dinheiros fáceis e o resultado está à vista. Mas admito que os nossos povos souberam dar a volta ao crime que lhes impuseram, voltando-se para outras atividades. Também me custa aceitar que Ílhavo não tenha nada e que na Gafanha esteja tudo a falir.
NOTA: A destruição da frota bacalhoeira foi, realmente, um crime. Um crime que os nossos governantes aceitaram ou foram obrigados a aceitar. Não houve firmeza nas negociações nem respeito pelas nossas tradições históricas no âmbito da pescas. Portugal foi na onda das promessas e dos dinheiros fáceis e o resultado está à vista. Mas admito que os nossos povos souberam dar a volta ao crime que lhes impuseram, voltando-se para outras atividades. Também me custa aceitar que Ílhavo não tenha nada e que na Gafanha esteja tudo a falir.