10 de junho. Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Dia para pensarmos isto tudo com otimismo. Um pensar coletivo que nos libertasse de pesadelos. Fico-me pela minha modesta participação individual intramuros. Família por aqui em convívio, que é o melhor que a vida tem. Não houve tristezas. Marcou presença a alegria, uma riqueza para cultivar dia após dia. Sentimentos de partilha à flor da pele.
Não falámos de Portugal, de Camões e muito menos das Comunidades Portuguesas espalhadas pelo mundo. E podíamos ter falado disto tudo, porventura para chegarmos a banalidades. De que Portugal e os portugueses, divididos pelos quatro cantos da terra, são o melhor do mundo. Deitaríamos para trás das costas o porquê de tantos emigrantes com saudades destes nossos ares, por não terem trabalho e oportunidades como lá fora.
Não ouvimos nem vimos as cerimónias oficiais. Sempre mais do mesmo, como já confirmei. Discursos, condecorações, paradas militares que me não dão gozo. E amanhã volta tudo ao ramerrão da vida. As medalhas vão para uma gaveta. Um dia poderão ser vendidas a antiquários. Ou vendidas a peso, se houver muitas.
Nenhuma sacrificada mãe de família numerosa foi distinguida. O mesmo direi de um pai.
Gosto do feriado porque gosto da família. Tudo o mais não me diz nada. Os discursos oficiais geram aplausos tímidos e chacota para a comunicação social fazer títulos bombásticos. E gastaram-se muitos milhares de euros. Por mim, acabava com isto tudo. E as famílias podiam conviver. Sempre era mais saudável.
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