Prémio Octávio Lixa Filgueiras
para Amaya Sumpsi Langreo
O Museu Marítimo de Ílhavo (MMI) assinalou o Dia Nacional do
Mar no passado dia 15 de novembro, com diversas atividades, de que destacamos uma
visita especial e restrita aos bastidores do Aquário de Bacalhaus e uma sessão
de Histórias e Novelas Marítimas dinamizada por Miguel Horta.
Na sessão comemorativa do Dia Nacional do Mar, foi
apresentado o número dois da Revista ARGOS do MMI, procedendo-se depois à
divulgação dos vencedores da segunda edição do Prémio Octávio Lixa Filgueiras
do Museu de Ílhavo. No final da tarde, os presentes foram brindados com uma
Conversa de Mar, em que participaram Pedro Adão e Silva e João Catarino, autores
do guia "Tanto Mar - À descoberta das melhores praias de Portugal”.
A revista ARGOS do MMI é dedicado à museologia marítima e à
herança cultural que os museus desta temática procuram preservar e transmitir. E neste
número houve a intenção de editar um volume capaz de questionar os sentidos da
museologia marítima que se pratica em diversos países e em museus que, pelo
facto de serem marítimos, têm afinidades próprias de comunidades de gentes do
mar.
Nessa perspetiva, a revista inclui vários artigos dedicados
aos projetos de admiráveis museus marítimos da Europa, África e Ásia, bem como
divulga reflexões partilhadas por investigadores e responsáveis por museus
portugueses. Assim, a ARGOS assume o papel de agitar as águas mornas da
museologia portuguesa, até hoje pouco sensível à realidade dos museus do mar.
O júri do Prémio Octávio Lixa Filgueiras do Museu Marítimo
de Ílhavo distinguiu como vencedor o trabalho “Apanhados na Rede: Considerações
das noções de progresso e modernidade na comunidade piscatória de Porto Formoso”,
de Amaya Sumpsi Langreo, natural de Madrid, residente em Lisboa e docente na
Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril. Trata-se de uma tese de
mestrado em Antropologia e Culturas Visuais pela Faculdade de Ciências Sociais
e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, na qual a autora faz uma abordagem a
partir de pesquisas de campo na comunidade de Porto Formoso, na Ilha de São
Miguel, Açores.
Uma Menção Honrosa foi atribuída ao trabalho “A Futura
Unidade Museológica Marítima de Sesimbra: Contributos para a sua programação e
para as suas relações com unidades regionais afins”, da autoria de Adelina
Gomes Domingues, antropóloga e responsável pela área de Investigação do
Ecomuseu Municipal do Seixal.
Fernando Martins com Hugo Pequeno do MMI