Hoje, 21 de junho, começa o verão. Ainda não com o calor que dá mais alegria e vida a toda a gente, mas apenas para cumprir o calendário. Não sejamos, porém, pessimistas, que a autêntica época estival há de levar-nos a suplicar um tempinho mais fresco.
Tenho para mim que somos pessoas sempre descontentes. Porque está calor e gostaríamos de uns ares fresquinhos; porque está frio com vento e chuva e logo protestamos que nunca houve um verão como este. E até garantimos que tudo (quanto ao tempo, claro) está a mudar. O verão, juramos, é como o da nossa meninice.
Eu também alinho muitas vezes nessas posições extremas de criticar o tempo que faz e que não faz. No fundo, porém, sei, de certeza certa, que ao longo dos meus 75 anos passei por verões os mais variados. Em suma, não devemos ser como aqueles que querem sol na eira e chuva no nabal. O que vier, que venha por bem, sem crises que nos atormentem, sem guerras que nos preocupem e nos desgostam, sem tristezas que, realmente, não pagam dívidas.
Bom verão para todos.