Fomos fazer o nosso batismo no Ferry-Boat. Apesar de este meio de transporte ligar o Forte da Barra a S. Jacinto há bastante tempo, só agora ousámos fazer a travessia, levando connosco o nosso carrinho. A Lita não se entusiasmou com a ideia, convencida que estava de que a passagem seria complicada, quando afinal é coisa fácil e rápida.
A entrada no Ferry foi muito acessível, tal como a saída, e a viagem foi serena, que ondulação não havia na Ria. Pudemos assim olhar do meio da laguna o casaria circundante, próximo e mais distante, apreciar o Porto de Aveiro de um ângulo pouco comum e sentir a maresia a invadir-nos todos os poros.
O preço, com o carro, não é lá muito acessível, mas aceita-se para quem deseja chegar depressa ao outro lado. Foram 10 euros. Mas para os moradores, se precisarem de utilizar o Ferry com regularidade, os custos tornar-se-ão pesados, a não ser que haja tarifas especiais para eles.
Foi, no fundo, uma experiência agradável, que será repetida quando me der vontade de circular pela marginal que nos liga de S. Jacinto a Ovar, saboreando uma paisagem rara, com um espelho de água a merecer mais dinâmica turística.
Do outro lado da Ria, pudemos visitar S. Jacinto, onde trabalhei uns tempos, e a Torreira, a praia da meninice e juventude da Lita. Mas disso falarei um dia destes.
Os funcionários apresentaram-se sorridentes, cuidadosos e delicados. Orientavam a entrada e a saída dos carros e garantiam a segurança. O tempo, sem sol a aquecer-nos, não se apresentava frio, mas a luminosidade não era muita. Foi pena.