«O líder do CDS Paulo Portas deixou esta noite um aviso bem claro a Passos Coelho sobre a coligação e o processo do Orçamento do Estado. "A nossa voz não foi suficientemente ouvida. No próximo Orçamento esta situação não se vai repetir”, disse Portas, no início do Conselho Nacional, segundo relatos feitos ao PÚBLICO.
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros repetiu assim o tom do aviso já deixado pelo porta-voz do partido, João Almeida, numa entrevista na edição do passado sábado do Expresso. Portas voltou a justificar o voto a favor da bancada ao Orçamento para evitar uma crise política e avisou que o voto contra do deputado Rui Barreto “terá consequências”.
O movimento Alternativa e Responsabilidade, corrente interna do CDS, apresentou entretanto uma moção para reiterar a vontade de manter o compromisso do CDS com a coligação e cumprir o mandato até ao fim. Filipe Anacoreta Correia, um dos conselheiros deste movimento, defende que esta votação significaria um sinal do partido e criticou a postura do CDS de estar "com um pé dentro e um pé fora do Governo".»
Foto do PÚBLICO
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NOTA: Confesso que já não sei o que é uma coligação governamental. Dois partidos políticos coligam-se para viabilizar um Governo estável, mas afinal parece que não é assim. É notório o desentendimento e o descontentemento no seio do Governo e mesmo fora dele. Militantes dos dois partidos (PSD E CDS) em guerra pelas opções do Governo, isto é, pelos vistos, do PSD, e os portugueses a apreciarem a contenda sem nada de concreto poderem fazer. A democracia tem destas incongruências. Um Governo legítimo, porque votado pelo povo, é contestado a toda a hora. Se a contestação viesse apenas dos partidos da oposição estaria tudo certo. Mas quando ela vem dos partidos da coligação e de membros do Governo, então algo vai mal na república e na democracia. Penso eu!
FM