“Estação central”, o novo livro de poesia do padre José Tolentino Mendonça, diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, vai ser lançado na próxima semana pela Assírio & Alvim.
“Os justos”,
dedicado a José Mattoso, é um dos poemas da “Estação central”.
«Começam o dia louvando o imperfeito
O tempo que se inclina para o lado partido
as escassas laranjas que se tornam
amarelas no meio da palha
as talhas sem vinho
Olham por dentro a brancura da manhã
e em tudo quanto auxilia um homem no seu ofício
louvam o vulnerável e o inacabado
Estão sentados à soleira dos espaços
trabalhados devagar pelo silêncio
Quando Deus voltar
não terá de arrombar todas as portas»
«Começam o dia louvando o imperfeito
O tempo que se inclina para o lado partido
as escassas laranjas que se tornam
amarelas no meio da palha
as talhas sem vinho
Olham por dentro a brancura da manhã
e em tudo quanto auxilia um homem no seu ofício
louvam o vulnerável e o inacabado
Estão sentados à soleira dos espaços
trabalhados devagar pelo silêncio
Quando Deus voltar
não terá de arrombar todas as portas»
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