Professor!
“Se querem ver o paraíso na terra, venham a Dubrovnik ”
George Bernard Shaw, 1929
Hoje, 23 de agosto, com a benção da Virgem de Medjugorge no céu e a do Pe Rocha, em terras dos Balcãs, partimos, logo de manhãzinha, à descoberta de Dubrovnic!
É uma cidade da Croácia e o destino preferido de centenas de milhares de europeus. Dubrovnik está rodeada de muralhas e fortificações, no sopé do monte de São Sérgio, que cai a pique sobre o mar. O seu branco casario, aninhado nas colinas, lembraria o presépio, se o Menino ali tivesse nascido Uma cidade que conta com mais de 50,000 habitantes, praias espectaculares, marinas onde atracar um barco ou um iate e numerosas possibilidades de desfrutar umas férias maravilhosas.
Tem as melhores infraestruturas, beleza natural e oferece hotéis, apartamentos, barcos para alugar, casas e chalets, restaurantes, bares, vistas impressionantes, paisagens espectaculares e um património histórico de valor incalculável. Dubrovnik foi catalogada com Património da Humanidade pela UNESCO no ano 1979, pela sua arquitetura medieval, renascentista e barroca, o que contribuiu para que esta cidade se tornasse destino de elite do turismo europeu.
É considerada a jóia do património croata, disputando com Veneza o título de cidade mais bonita do Mediterrâneo. É uma cidade entre muralhas que mantém a sua traça, praticamente inalterada desde a época medieval.
Na nossa visita, passámos a famosa porta “Pile”, o mais importante ponto de entrada na cidade antiga. Surge então a Placa ou “Stradun”, a principal artéria da Ragusa medieval, nome como era conhecida pelos Italianos. Com um rico património artístico, muito concentrado, é um verdadeiro museu a céu aberto! Pela frente apresenta-se a Fonte de Onofrio, construída em 1438 pelo napolitano Onofrio della Cava para abastecer a cidade de água, captada nos mananciais de Sumet; a Igreja Votiva de S. Salvador; o mosteiro dos Franciscanos, em cujas dependências funciona ainda hoje, desde 1317, a mais antiga farmácia da Croácia e a 3ª mais antiga da Europa. Aí se pode admirar uma interessante exposição de objetos originais e tratados de farmácia da época; o Palácio “Sponza” onde outrora funcionava a Casa da Moeda, atual sede do Arquivo Histórico; o Palácio do Reitor, simples mas senhorial, onde funcionava a sede do governo, o coração da República Livre de Dubrovnic; a Catedral, cujo tesouro inclui um escudo da cidade, banhado a prata e datado de 1684 e os relicários de S. Brás, o protetor e padroeiro da cidade dos séculos XI e XII.
Após este banho cultural, em ambiente cosmopolita, onde se cruzam as mais diversas raças e culturas, com destaque para a comunidade japonesa e italiana, tivemos o nosso repasto. Num restaurante italiano, ali mesmo a paredes meias com o Mar Adriático, no porto antigo de Dubrovnic! Os barcos de recreio aí ancorados, à distância de um palmo, acenavam-nos para o passeio da tarde.
Foi um momento de pausa na nossa longa caminhada, tempo para retemperar forças e ouvir a voz do pastor! Até ao momento, todos têm seguido as orientações do Pe Rocha, que vai dando sempre uma palavrinha de apoio e conforto às suas “ovelhas”! Até ao momento, não houve nenhuma tresmalhada!
Cumprindo, em absoluto a Lei de Lavoisier, “Na natureza, nada se perde......”, assistimos a um espetáculo, digno de registo! O empregado que nos servia, ao recolher os pratos, no fim da refeição, ia atirando para o mar, ali aos nossos pés, os restos de comida e pão, aos peixinhos......Não lhes pregava como S. António.....mas eles acorriam, ao cheiro da paparoca! Em cardumes e, num ápice, devoravam os restos de arroz, que ia caindo ao ritmo do esvaziamento dos pratos. Pareciam seres famintos a disputar a ínfima migalha que lhes caía! Daí a segundos, as águas do Adriático recuperavam a sua transparência e limpeza. São os “limpadores de portos”, como lhes chamam as populações locais, informou a nossa guia!
De tarde, foi o reconhecimento da parte insular de Dubrovnic. Num barco fretado para o efeito, lá fomos à descoberta das ilhas
Aportámos à ilha de Lokrum, que nos seus 2km de extensão e 500m de largura, os seus barzinhos corridos a oferecer um refresco, as lojinhas de souvenirs, a água tépida do mar........tudo ali me fazia evocar o “Paradise Lost” de John Milton!
Experimentei a sensação de estar num paraíso! Na verdadeira aceção da palavra! O banho aconteceu...curto mas como só, no paraíso, é possível...divinal!
Ali, hoje e sempre, eu ficaria a banhar-me nas águas do Adriático, qual marinheiro enredado no canto da sereia!
Mª Donzília Almeida
23.08.2012
Legendas: O chefe, padre Rocha; o porto; passeando pela ilha.
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