Professor!
O dia de hoje, 22 de Agosto, foi quase inteiramente dedicado à nossa "peregrinação" a Medjugorge! Para isso, tivemos que passar a fronteira da Croácia com a Bósnia Herzgovina, que fica em solo montanhoso, já diferente da sua vizinha. No percurso de autocarro, pudemos constatar os efeitos devastadores da querra e os sinais de ruina em muitas habitações. Notámos menos desenvolvimento que nos países vizinhos e soubemos que ainda hoje se sentem as consequências do conflito armado.Toda a gente tem, ainda, na memória, as reportagens feitas pelos media sobre a luta fratricida que dividiu as três etnias que compõem o país.
A Guerra da Bósnia envolveu o conflito de três grupos étnicos e religiosos típicos da região. Depois da 2ª guerra mundial, foi o conflito mais longo em território europeu. A disputa entre sérvios cristãos ortodoxos, croatas católicos romanos e bósnios muçulmanos teve início em abril de 1992 e deixou um rastro de cerca de 200 mil vítimas. O conflito só chegou ao fim, em dezembro de 1995, quando os sérvios, com a capital ameaçada, assinaram o Acordo de Dayton, na cidade de Paris, estabelecendo o armistício.
A Guerra da Bósnia assumiu proporções internacionais devido à duração do combate, mas também pelo número de vítimas e pelos crimes de guerra cometidos. Destes, os sérvios foram responsáveis por cerca de 90%. O genocídio, na Guerra da Bósnia, matou milhares de cristãos e muçulmanos, mulheres e crianças. A alegação de “limpeza étnica” foi semelhante à utilizada por Adolf Hitler durante a 2ª guerra mundial, tendo em conta as especificidades e características do novo movimento. O genocídio é considerado o pior crime de guerra e até hoje, há líderes bósnios e sérvios a ser julgados pela sua conduta, no conflito.
Foi aqui, neste país flagelado pela guerra, a escassos 25 km de Mostar que a 24 de Junho de 1981, a Virgem Maria apareceu a 6 crianças, na pequena aldeia de Medjugorge. Há imensos relatos e testemunhas que atestam a veracidade dos factos, apesar da polémica que tem lançado e do ceticismo de algumas entidades eclesiásticas. As aparições têm-se repetido, com regularidade, o que tem atraído ao local, milhares de peregrinos e visitantes de todos os cantos do mundo.
Apesar do fenómeno ser muito posterior ao de Fátima, está a acontecer algo muito semelhante. Foi construído um santuário, há imensos fiéis a orar à Virgem e a pequena povoação, tal como Fátima, desenvolveu-se em grande medida. Existem muitas lojinhas de comércio, onde se pode encontrar de tudo, relacionado com o culto a Maria e que os peregrinos gostam de levar aos amigos e familiares.
Foi para nós, turistas, um ponto de paragem, reflexão e elevação de espírito. Cada um, à sua maneira orou a Maria e depôs no seu regaço, as alegrias, as tristezas, o reconhecimento e a súplica. De referir, apenas este pormenor: o altar de Maria estava absolutamente repleto de orquídeas, das mais variadas cores e formas. Foi alimento para os olhos!
No regresso, passámos de raspão por Dubrovnic, apenas íamos espreitando pelas janelas do autocarro, obserbando a paisagem de montanha, as ilhas, as culturas diversificadas, e..........finalmente o porto, com os vários navios de cruzeiro, aí ancorados! Uma breve paragem já ao fim de tarde, fez-nos antever uma cidade moderna, cosmopolita, aberta ao turismo por todas as costuras! A nossa guia, Sanja, uma jovem e bela mulher como sãs as croatas, especialmente as da Dalmacia,(como ela diz, na sua modéstia!) ofereceu-nos um aperitivo da região, produtora de bons vinhos. Todos brindámos, ali, à beira do Mar Adriático, em frente aos navios de grande calado e fizémos planos para o dia de amanhã, em que está programada a visita detalhada a Dubrovnic!
Será amanhã, o ambicionado mergulho no Adriático, com as temperaturas de 40 graus, que hoje tivemos em Medjugorge?
Por hoje, ficámos com o mergulho, na piscina do hotel!
Maria Donzília Almeida
22.08.2012
Legendas: Duas Marias, Porto de Dubrovnik, Altar de Medjugorge
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