A menos de 12 horas de deixarmos ao Rio de Janeiro, depois de uma ausência de quase uma semana, por terras do Rio Grande do Sul, apetece-me dizer como Gilberto Gil: "O Rio de Janeiro continua lindo...", rumo a Portugal e já a mais de 12 horas de termos deixado terras Gaúchas, onde vivemos cinco dias, muito bem vividos, a convite de uns sobrinhos que foram espetaculares, no acolhimento, na disponibilidade, na simpatia, enfim, em tudo. Daqui o nosso muito obrigado e até Portugal, no Natal de 2013.
Chegamos a Porto Alegre na quinta-feira e na sexta, logo cedo, partimos para Gramado que dista a 120 Kms. Depois de uns 50 kms andados, visitamos um Santuário em honra da Senhora das Mães, cuja arquitetura e envolvência nos lembravam a Inglaterra. Continuamos a nossa viagem e, percorridos mais uns 50 kms, foi a vez de parar, pois no centro da cidade estava a decorrer um Festival de Folclore de Grupos de vários Países. Na altura actuava o do Chile. De seguida, entrou o Grupo do Ceará, mas com que beleza e leveza dançavam estes jovens, com os seus trajes típicos. Demos a volta à cidade, tiramos umas fotografias, para mais tarde recordar, e partimos em direcção à cidade de Gramado, pois a expetativa era grande e a fome já começava a apertar. Lá chegados, foi a admiração total, pois perdemos a noção de estar no Brasil, para estarmos em qualquer país da Europa Central, Alemanha, Áustria, Suiça, etc
Almoçamos num Restaurante típico, cujos empregados, depois de terem posto em cima da mesa cerca de 40 diferentes tipos de comida, para nos irmos servindo um pouco de cada uma e do que gostássemos mais, servir-nos-íamos as vezes que quisessemos, remata desta maneira: "não esqueçam que na vitrine, atrás de vocês, há mais 27 tipos de tortas, queria ele dizer, 27 tipos de sobremesas."
Quanto a bebidas para acompanhar este cardápio, umas 15 a 20.Entre elas uma de que gostei muito: suco de uva fresquinho, que combinava bem com todos os pratos expostos. Como o Restaurante em causa se situava numa extremidade da cidade, viajamos até Canela. Outra cidade do mesmo género, com uma Catedral imponente, cuja curiosidade me levou a entrar e a ficar lá bastante tempo.Regressamos a Gramado e lá passamos a tarde, entre visitas a Igrejas, a Centros Comerciais a montras, etc, até que ouvimos uma Orquestra tocar um Tango muito conhecido de todos nós, numa praça com uma grande passadeira vermelha, e aproximamo-nos. Muita gente sentada e de pé atenta à Música e lemos em vários cartazes, por ali afixados: Hoje, dia 10 de Agosto, pelas 17h00 e até ao dia 17, vai realizar-se o 40.o Festival de Cinema de Gramado. Ao som da Orquestra assolaram ao pensamento milhões de coisas, a saber: a vida dos ricos, dos artistas, dos que iriam ali passar naquela passadeira como verdadeiros vencedores, exibindo os Kikitos e aclamados pelos presentes, dos que têm tudo, dos que pela nascença já garantiram uma vida ao sol, dos que fazem férias de um mês, várias vezes ao ano e ao longo de muitos anos, como eu estou a fazer,este ano, mas ao fim de 61 anos de vida, etc. Em contraponto com os milhões de habitantes que vivem nas Comunidades=Favelas, dos que estão desempregados, dos que têm que entregar a casa ao Banco e não têm para onde ir. Etc,etc...Como acredito que Deus é Pai de todos e criou o Homem livre e Responsável, entrei numa Igreja ali perto, edificada em honra de S. Pedro e agradeci e pedi ao Pai por todos os homens e mulheres, seus filhos, independentemente da sua condição humana. Regressamos a casa onde nos esperava uma saborosa e suculenta pizza e a descrição dos pontos fortes e mais significativos da nossa Viagem.
No sábado, entre as 10h30 e as 15h30, fomos à Festinha da nossa sobrinha que fez 3 anos e que juntou
cerca de 30 amiguinhas e amiguinhos da Escolinha que frequentam, bem como os seus Pais, todos na casa dos trinta, que pela sua simpatia e abertura, nos ajudaram a passar um sábado bem diferente do habitual. Parabéns Alicinha pelos teus três aninhos.
No Domingo, às 10h00, fomos à Missa, à Igreja Matriz, que se situa no Bairro da Tristeza. Gostei muito da Celebração e da alegria que o Padre (Pároco) transmitia aos participantes/paroquianos. Diferente do habitual, duas coisas por se tratar do Dia dos Pais aqui no Brasil: leitura de um pequeno texto, muito bem escrito e lido, no fim da Missa, por um filho em nome de todos os Filhos, agradecendo aos Pais e a Deus o Dom da Vida e uma Benção Especial a todos os Pais participantes na Eucaristia, onde me incluí também. Soube em conversa, que não muito longe da casa do meu sobrinho,(talvez 2 kms) havia um Santuário da Mãe Rainha de Schoenstatt, no Bairro da Assunção. Claro, no fim da Missa um convite para uma visita ao Santuário. Lá chegados, talvez umas 11h00, entramos na Capelinha e qual o meu espanto,
a sensação de que estava a 500m de casa, na Colónia Agricola. A 10 000 kms de casa, eu senti-me totalmente em casa. Completamente identificado e integrado. Eu já não era mais um estranho, um turista, mas sim um Filho da Mãe três vezes Admirável. Passado algum tempo saí da Capelinha e entre esta e a Rua, dei com um pequeno, mas significativo Monumento ao Pe. José Kentenich. Dadas as características do Bairro, o Jardim de Implantação do Santuário é pequeno (nada que se pareça com o nosso), mas a Mãe lá está cuidando dos seus Filhos muito amados.
Um Abraço e até à Gafanha
Isabel e Quim
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