As férias não têm de ser, necessariamente, caras. O descanso
profissional e mesmo o de uma vida rotineira, no caso dos reformados ou
aposentados e até dos desempregados, podem passar, simplesmente, por se fazer
algo diferente. A mudança de hábitos, só por si, pode ser excelente para se
recuperar do cansaço e do desgaste físicos e mentais. É isso que propomos para
os próximos tempos. Nessa linha, recordamos hoje palavras e conselhos do Papa
Bento XVI, proferidos no dia 1 de julho, quando ele próprio se preparava para
iniciar um período de férias, mais do que justas e merecidas. Não é o Santo
Padre um idoso com uma carga enorme de preocupações e tarefas inerentes ao
governo da Igreja Católica, que se estende pelos quatro cantos da Terra?
Bento XVI diz: «Desejo a todos que a estação de merecido
descanso seja também uma ocasião para dedicar mais tempo e mais atenção a Deus
e aos homens, para aprofundar a vida espiritual graças à oração, à leitura, ao
contacto com a criação e aos momentos de lazer.»
Dirigindo-se aos milhares de pessoas que o escutavam na
Praça de S. Pedro, o Papa lembra que as férias podem ser «uma oportunidade para
fortalecer a fé, através da oração e da caridade», e chama a atenção para a
urgência de todos ajudarem os doentes, assumindo um «compromisso de amor
concreto, especialmente para quem está em necessidade».
As sugestões oportunas de Bento XVI são, nesta forma tão
simples que usou, um autêntico projeto de férias sadias, voltados para os
doentes e para os que mais precisam. E não temos todos nós amigos, vizinhos e
familiares doentes e um tanto ou quanto esquecidos? Então, façamos algo de
diferente nesta linha. Falta de tempo não poderá servir de desculpa.