domingo, 20 de maio de 2012

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 291

PITADAS DE SAL – 21 




A VIDA NAS ILHAS 

Caríssima/o: 

Monsenhor João Gonçalves Gaspar escreve em «Aveiro – notas históricas», 1983, na página 25: 

“Formaram-se também bancos de areia na baía, que viriam a originar as ilhas da Testada, da Murraceira, dos Ovos, da Tranqueira, do Monte Farinha e outras – algumas delas já referenciadas no século XV.” 

Atrever-me-ia a acrescentar algumas que para nós foram (e ainda hoje são importantes): da Mó do Meio, de Sama ou do Rebocho. 
Da importância destas ilhas ninguém duvida, mas é sempre bom lembrar isso de quando em vez e referenciar que foi em algumas delas que se construíram as marinhas. 
Falando de vida nas ilhas da nossa Ria logo nos vem à ideia qualquer coisa como: 

«a riqueza das ilhas residia no junco que crescia no seco e no moliço que crescia debaixo de água. na ilha de monte farinha chegou a haver gado, de que se destacava a criação de cavalos.» [A. Cravo, no seu blogue] 

Mas a vida de que falo é de outro grau… 
Não nos faz cócegas na imaginação a existência de ruínas no Rebocho? 
Havia casa, casa de pedra!... Só para fazer vista na paisagem? 
E na Testada? 
Casa com moinho para puxar água e fazer energia elétrica… relógio de sol… azulejos a revestir paredes… [Claro, está-se mesmo a ver… coleções, etc. e tal… ficou tão-só um montinho de restos inúteis e desprezados!...) 
Certamente que gente terá habitado nessas ilhas… 
Tenho como dado indiscutível o recenseamento de crianças em idade escolar habitando em ilhas na zona da Murtosa nos idos de cinquenta-sessenta do século passado. 
Será mais um assunto a investigar e a desvendar?!... 
Ou ficaremos sempre (e para sempre) na ficção? 

Manuel 



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