É sempre agradável reencontrar amigos de longa data, dos
tempos dos bancos da escola em que pontificaram mestres que nos encheram a
memória e nos prepararam para a vida na EICA (Escola Industrial e Comercial de
Aveiro). Hoje foi um desses reencontros à volta de uma mesa cheia de
recordações e de olhares que se cruzaram com a simpatia desejada. Uns tantos,
mais dados à partilha de vivências, lá foram desfiando estórias que nos fizeram
sorrir com gosto, enquanto outros confirmavam a boa disposição que perdura neles desde há décadas.
Depois da chamada, não faltou a hora da evocação dos que só
em espírito estão connosco. Um minuto de silêncio em sua memória com palmas em
jeito de saudação, como garantia de que afinal eles continuam entre nós.
Estes encontros trazem-nos ao consciente a convicção de que
as amizades, quando autênticas, são indubitavelmente duradoiras, projetando-se
para além do espaço e do tempo. Hoje, por exemplo, vi colegas que não via,
seguramente, há uns bons trinta anos. E registei como há sorrisos que se mantêm
imperturbavelmente iguais e palavras amigas que permanecem nas nossas mentes,
apesar do desgaste inevitável dos anos decorridos. Mas deixem-me dizer também que, se os rostos de alguns me eram familiares, com certa dificuldade cheguei ao seus nomes ou apelidos.
Aqui ficam os meus votos de muita saúde e de muita alegria
para todos os que marcaram presença e para aqueles que, por razões várias,
não puderam associar-se a este convívio fraterno.
Fernando Martins