D. António Marcelino e Prof. Carlos Borrego, que moderou a sessão
O CUFC — Centro Universitário Fé e Cultura celebrou os seus primeiros 25 anos de existência ao serviço do diálogo Fé e Cultura, no meio do Ensino Superior em Aveiro. Da sua bonita história, registam-se um sem-número de encontros, vivências, formações e informações, proximidades e caminhadas rumo a uma sociedade mais cristã e, por isso, mais empenhada na construção de comunidades do saber, da cultura, da investigação e da solidariedade.
O programa comemorativo valorizou o lançamento de um livro de testemunhos, considerações e histórias que retratam vivências e sonhos enriquecedores, a apresentação do projeto de um monumento evocativo, o plano de plantação de 25 árvores, lanche com bolo de aniversário, eucaristia de ação de graças e concerto na Sé de Aveiro pela Filarmonia das Beiras, com Coro do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro, sob a direção do maestro António Vassalo Lourenço.
Susana Cabral, da UA, apresentou algumas melodias
Tive a oportunidade de participar, no sábado, no lançamento do livro, que foi apresentado pelo Bispo Emérito de Aveiro, D. António Marcelino, o principal obreiro da criação do CUFC, em sintonia com o então Bispo Residencial, D. Manuel de Almeida Trindade. E foi muito proveitoso ouvir D. António Marcelino contar, ao seu jeito, vivo e com redobrado interesse, os caminhos que foi preciso trilhar para entrar num terreno complexo, como é o mundo académico, mas também os progressos alcançados durante estes 25 anos, na convicção de que importa prosseguir.
O Bispo Emérito de Aveiro disse que «o CUFC é uma história linda», referindo que o livro comemorativo nos oferece muitas recordações. E citando o Padre Pedro José, ex-diretor daquele serviço diocesano, afirmou: «Sem Memória e sem Tempo de Memória fecunda, não existimos e morreremos lentamente.»
D. António frisou que a «história do CUFC está no somatório de todos os “bocadinhos” dos testemunhos neste livro publicados», enquanto enalteceu a importância de, face às exigências da vida e aos obstáculos encontrados, «arregaçar as mangas e andar para a frente».
Entretanto, recordou pessoas que o ajudaram a discernir o projeto em que apostou, ao mesmo tempo que «fizeram a ponte entre a Igreja e a Universidade de Aveiro. E não esqueceu o ânimo do Padre Arménio Alves da Costa, primeiro diretor do CUFC, quando insistia, face aos custos elevados do edifício, dizendo que «não podemos desistir». «Foi a pessoa certa das primeiras horas; foi um homem fundamental», sublinhou o Bispo Emérito de Aveiro. Adiantou, ainda, que os testemunhos incluídos no livro são para se ler, porque «são testemunhos vivos». E mais: «O CUFC existe graças ao esforço dos que fazem história e continuam a fazer história.»
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Fernando Martins