Nesta obra, o sacerdote e
escritor com predileção pela história, João Gonçalves Gaspar, responde, de
forma elevada, a apreciações e a críticas, «mais ideológicas do que
historiográficas, sobre as atitudes do papa Pio XII e da Igreja Católica em
face das atrocidades nazi-fascistas durante a segunda guerra mundial (1939-1945)».
E fê-lo por não poder calar algo que conheceu e viveu, «em cima dos
acontecimentos», durante os seus anos de jovem.
No Prefácio, o Bispo de
Aveiro, D. António Francisco, refere que escrever hoje um livro sobre Pio XII
«exige coragem, determinação e lucidez», numa alusão clara ao autor, «que há
muito nos habituou ao rigor da investigação, à exigência da verdade e à beleza
da palavra».
O prelado aveirense
frisa: «A história de um Pontífice escreve-se habitualmente mais a partir das
palavras ditas e dos textos do magistério publicadas do que de actos
documentados e de pessoas implicadas nos acontecimentos que à história dão o
autêntico rosto da verdade. E isso é pena!»
João Gaspar desenvolve o
tema, longo e complexo, por 9 capítulos, começando precisamente por “D. João
Evangelista de Lima Vidal e Mons. Eugénio Maria Pacelli (Pio XII), duas
personalidades cujas vidas acompanhou de perto.
O autor evoca memórias de
D. João em relação ao papa de quem foi condiscípulo, «vivendo debaixo das
mesmas telhas, firmando-se entre ambos uma amizade de que Aveiro viria a
beneficiar.»
Seguem-se capítulos sobre
Pio XII “Lutador pela Paz, “Salvador de Judeus”, “Salvador de Roma”, “Na
gratidão dos Judeus… e não só”, “Na recordação de João Paulo II” e, ainda, em
jeito de conclusão, “Pio XII — Profeta da Paz”.
de João Gonçalves Gaspar.
Edição da Diocese de Aveiro,
Outubro de 2011