quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Desenvolvimento local ao nosso alcance

Um artigo de Acácio Catarino


Foi afirmado, no artigo anterior, que o desenvolvimento local está ao alcance de qualquer população e não implica grandes despesas. E adiantou-se que, para a respectiva concretização, bastariam: «Uma comissão promotora; um núcleo executivo; animadores socioeconómicos; comissões sectoriais e de zonas geográficas, quando necessárias; e, eventualmente outros tipos de agentes. Tudo isto se pode garantir através de dezenas de pessoas, em cada freguesia, mas também através de um número mais baixo, porventura inferior a dez. As opções dependem da dimensão da freguesia, bem como das características da sua população, sobretudo no que respeita a motivações para a participação no processo de desenvolvimento local.
A unidade nuclear de um processo de desenvolvimento local é a comissão promotora, que integra as pessoas interessadas nesse processo e promove as actividades fundamentais: O conhecimento dos problemas e potencialidades locais; a congregação de esforços para as suas soluções; e a promoção das iniciativas consideradas necessárias. Recomenda-se que a comissão integre representantes do maior número possível de organizações e das várias zonas da freguesia. Dado que ela pode incluir um número de elementos elevado, recomenda-se também que se constitua um pequeno núcleo executivo, de poucos elementos, para assegurar o trabalho do dia-a-dia e preparar as reuniões da comissão promotora. 
Podem ser animadores socioeconómicos alguns elementos da comissão promotora e outras pessoas que se sintam motivadas. O animador actua no contacto directo com indivíduos, famílias, empresas, organizações sem fins lucrativos e quaisquer outras entidades. Ele procura dar sequência às recomendações da comissão promotora e, por outro lado, contribuir para a elaboração dessas mesmas recomendações, com base nas auscultações que vai fazendo nos seus contactos. O animador faz, assim, a ligação entre as entidades por si contactadas e a comissão coordenadora, visando a congregação e a convergência de objectivos a favor do desenvolvimento local.
A quem incumbe o desencadear de um processo de desenvolvimento local? À junta de freguesia, a associações, a empresas, à paróquia...? - Será este o tema do próximo artigo.

Fonte: CV

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