Museu Marítimo de Ílhavo
Neste mês de janeiro de 2012, ano em que o Museu Marítimo de
Ílhavo celebra os 75 Anos da sua fundação, dedicamos a rubrica “a nossa gente”
à Associação dos Amigos do Museu Marítimo de Ílhavo.
A história dos Amigos do Museu confunde‑se com a história do Museu Marítimo de Ílhavo. Os Amigos, corporizando
a velha ideia de criação do
“Museu dos Ílhavos”, começaram
a reunir-se informalmente na redação
do jornal “O Ilhavense”, a partir de
1922, para dar início à grande tarefa!
Américo Teles, seu fundador, foi o expoente maior da
corporização da ideia e das Comissões Organizadoras do Museu que trabalharam
afincadamente na criação do Museu até 1937, data da inauguração. Em 1941 é
formalmente instituído o “Grupo dos Amigos do Museu” que, no entanto, só virá a
ser oficializado com novos estatutos e escritura pública em 1994 sob a designação
de “Associação dos Amigos do Museu de Ílhavo” (AMI).
Foram seus presidentes da direção, Paulo Ramalheira (41/42),
Ascensão da Silva Rocha (43/44), Manuel Nunes da Fonseca (47/48), Cesário da
Cruz (52/57), Manuel Pio Maia Ramos (58/59), Guilhermino Ramalheira (60/70),
António Sarrico Picado (70/73), Célio Salvadorinho (74/93) e, desde 1994 até à atualidade,
Aníbal Machado Paião.
A Associação conta com 700 associados de muitas partes do
País, de diversificadas formações e interesses socioeconómicos, tendo como
objetivos principais colaborar com a Direção no enriquecimento do acervo, na
preparação de exposições, na divulgação de atividades, na edição de publicações
e incentivar o interesse pela cultura ilhavense e marítima sendo absolutamente
alheia a qualquer atividade sectária de índole política, religiosa ou
económica. Atualmente a quota mínima anual é de cinco euros.
Ao longo destes oitenta anos deve salientar-se o
imprescindível papel da AMI na definição das sucessivas estratégias prosseguidas,
com especial destaque para a redefinição da vocação principal do Museu, ou
seja, a celebração da cultura marítima tendo por base a pesca do bacalhau e a cultura
lagunar, cruzamento identitário que define a personalidade da comunidade ilhavense
com a qual fazemos interface.
A construção do novo e magnífico edifício, bem como a
imperiosa necessidade de uma direção permanente e profissional, foram outras
importantes causas dos Amigos.
Merecem ainda destaque o enorme e continuado enriquecimento
das coleções, desde João Carlos à pintura de temática marítima, ao acervo da
sala Capitão Francisco Marques, às embarcações da sala da ria, às maquetes, à
instrumentação náutica, ao arquivo fotográfico e aos arquivos depositados
(CRCB, Grémio, Parceria Geral de Pescarias), podendo mesmo assumir-se que os
Amigos são responsáveis pela obtenção de uma parte significativa do acervo do
Museu.
O projeto “De Novo na Terra Nova”, idealizado e coordenado
pela AMI, em colaboração com a Embaixadora do Canadá Patricia Marsden-Dole e a
Câmara Municipal de Ílhavo (e diversas outras entidades), foi outra das
importantes iniciativas que ajudaram a projetar o Museu.
A AMI continua, como sempre, disponível para servir e lutar
pela sustentabilidade do Museu, afinal a sua razão de ser, estando empenhada em
participar ativamente na construção da nova fase da vida do Museu Marítimo de Ílhavo no ano 2012.
Na agenda “Viver em”,
da CMI
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