José Gabriel: A música é uma mais-valia
para a formação da Juventude
para a formação da Juventude
Professor Arménio Pinto, numa lição individualizada
Escola de Música Gafanhense
Escola de Música Gafanhense
tem limitações que a impedem de crescer mais
Fernando Martins
«A Escola de Música Gafanhense tem limitações a nível de espaços físicos que a impedem de crescer mais», afirmou José Gabriel, presidente da direção, em entrevista ao Timoneiro. A Escola, que está instalada na Casa do Povo da Gafanha da Nazaré, mediante uma renda anual de algum modo simbólica, precisa, de facto, de um espaço próprio, com condições ideais para receber os professores e alunos, porque sem ele não será possível aumentar a oferta, como é desejo da atual direção.
José Gabriel ligou-se à Escola de Música na qualidade de pai, porque sua filha mostrou interesse pela rainha das artes. É dirigente há um ano e quando chegou à direção já conhecia minimamente a realidade da instituição. De positivo, registou a envolvência das pessoas com responsabilidades na escola, muitas das quais permanecem com ele. «Têm feito um trabalho com muita dedicação à causa», adiantou ao Timoneiro. Mas não deixou de sublinhar, também, o interesse dos professores e dos pais dos alunos, como mola-real de qualidade.
José Gabriel ligou-se à Escola de Música na qualidade de pai, porque sua filha mostrou interesse pela rainha das artes. É dirigente há um ano e quando chegou à direção já conhecia minimamente a realidade da instituição. De positivo, registou a envolvência das pessoas com responsabilidades na escola, muitas das quais permanecem com ele. «Têm feito um trabalho com muita dedicação à causa», adiantou ao Timoneiro. Mas não deixou de sublinhar, também, o interesse dos professores e dos pais dos alunos, como mola-real de qualidade.
Presentemente com 68 alunos efetivos, distribuídos pelas classes de Guitarra Clássica, Bateria, Saxofone, Clarinete, Flauta, Trompete, Piano e Requinta, entre outros instrumentos de sopro, as aulas são asseguradas pelos professores Arménio Pinto (instrumentos de sopro e maestro da Orquestra Juvenil), Ricardo Ramos (Trompete), Inês Filipe (Piano), Samuel Almeida (Percussão) e Cláudio da Paula (Viola).
Há mais professores contactados, mas a direção está à espera de alunos motivados para a aprendizagem da música, que é uma mais-valia para a formação integral da juventude. A este propósito, José Gabriel frisou que o músico consegue ler «uma linguagem universal», enquanto se valoriza ao nível da sua capacidade de organização pessoal. Ainda desenvolve o gosto pelo ritmo e pela harmonia, o saber estar e o respeito por normas ou regras, a disciplina e a postura com o próprio instrumento, segundo «critérios há muito consagrados». No fundo — sublinhou — «a música é uma escola de virtudes para a vida».
O presidente da Escola de Música tem sentido que na Gafanha da Nazaré há gosto pela aprendizagem da música e garantiu que «temos potencial para muito mais», assim sejam criadas condições para se proporcionar mais conforto a quem ensina e aprende.
Natural de Alcobaça, «terra da fruta», José Gabriel veio estudar para Aveiro e por aqui se radicou. Gosta imenso de música, gosto esse que se foi ampliando com o tempo. «Tenho um irmão mais velho que seguiu a carreira musical, através do conservatório, que frequentou, e, talvez por isso, sempre reconheci o valor da formação musical, que é muito ampla», disse.
Sobre o ensino da música, o nosso entrevistado esclareceu que se trata de um trabalho «individualizado». «É importante sublinhar a necessidade de o professor apostar fortemente no ensino individualizado, ensino que se torna caríssimo», afirmou. E acrescentou: «Embora o ensino seja individualizado, a verdade é que podem participar na mesma aula mais alunos, com tarefas devidamente definidas, sobretudo no tempo de aquecimento.»
José Gabriel referiu a importância da Orquestra Juvenil, com 14 executantes, que atua, normalmente, conforme as solicitações. Participa nas festas organizadas pela Escola e a convite da Câmara Municipal de Ílhavo (CMI), com quem há uma parceria de cooperação. «A CMI é o nosso principal patrocinador; do INATEL tem havido alguns apoios, sobretudo para a aquisição de instrumentos, que são muito caros, tanto na hora da compra como na reparação», esclareceu.
O nosso interlocutor informou que os alunos desta escola são fundamentalmente da Gafanha da Nazaré, embora haja alguns das Gafanhas da Encarnação e Carmo, bem como de Ílhavo e Vagos.
Do Plano de Atividades para o presente ano, regista-se a ambição de incrementar a qualidade da formação oferecida, além de se prever aumentar a valência dos instrumentos a aprender. Ainda é de destacar neste Plano um projeto, em parceria com a CMI, para a Orquestra Juvenil dinamizar a Hora do Conto na Biblioteca Municipal de Ílhavo, provavelmente em setembro.