Mubarak abandonou o poder. O Exército egípcio anunciou que vai ser o garante das reformas no país e prometeu a realização de eleições livres e justas.
Este parágrafo resume a liberdade de um povo. Mais: mostra que, realmente, o povo, na verdadeira aceção da palavra, é quem detém o poder. Já lá vai o tempo em que não era assim.
Os egípcios, cansados da ditadura, que foi apoiada pelo Ocidente e por países que olham em primeiro lugar para interesses económicos, sobrepondo-os aos direitos do povo, assumiram a coragem de dizer não a um regime autocrático, sonhando já com uma democracia livre e, logicamente, honesta, baseada no respeito pelos direitos humanos e pela justiça social.
Todos esperamos que a uma ditadura não suceda outra ditadura, porventura de gestão religiosa. Seria pior a emenda que o soneto. Contudo, estou em crer que o povo continuará atento.
A partir de agora, outras ditaduras ruirão no mundo árabe. Assim o povo o queira.
A partir de agora, outras ditaduras ruirão no mundo árabe. Assim o povo o queira.