(Foto do meu arquivo - 2009)
Como manda a tradição, o Cortejo dos Reis vai realizar-se no próximo dia 9 de Janeiro, este ano sob o signo da renovação.
Foi constituído um grupo dinamizador, com o objectivo de se revitalizar a mais antiga tradição da comunidade paroquial, que tem envolvido, ao longo de muitas décadas, o povo da nossa terra. Pretende-se implementar mais dignidade nesta festa, aproveitando ao máximo o que foi mantido e resguardado por muitos paroquianos.
O guarda-roupa dos figurantes e actores dos autos está a ser renovado, as músicas e cânticos estão a ser ensaiados e tudo se conjuga para que o próximo Cortejo dos Reis se apresente com um aspecto mais arejado, suscitando mais interesse e muito mais participação.
À Catequese foi recomendado que trouxesse para a rua, nesse dia, «Os Reis dos nossos Avós», rebuscando nas arcas trajes verdadeiramente antigos, preferencialmente dos nossos bisavós, ou outros confeccionados a partir de fotografias de tempos idos.
O Cortejo vai ter início mais cedo, às 8.30 horas, para culminar na igreja matriz, por volta do meio-dia, com o Beijar do Menino.
Em Remelha, à hora indicada, será a visita do Anjo a anunciar aos Pastores a vinda do Salvador e o Encontro dos Reis Magos. No Cruzeiro, teremos o Encontro dos Pastores e na Marinha Velha haverá a Fonte de Elias. No cruzamento das Caçoilas, desaparece a Estrela-guia e junto da igreja, na parte lateral, o Rei Herodes intervirá no seu palácio. O Beijar do Menino, momento sempre emocionante, será logo a seguir na igreja matriz, ao som de cânticos que bailam no nosso espírito desde há muito tempo.
Os peditórios vão ser feitos com recurso a latas fechadas, numeradas e identificadas, para emprestar uma certa idoneidade ao acto tão sério, como é o de pedir e de contribuir para a igreja matriz, através do cortejo. O leilão das prendas oferecidas ao Menino-Deus terá lugar na parte da tarde, no salão Mãe do Redentor.
Se há o espírito de renovação no ar, sugere-se que todos os grupos que venham a organizar-se ponham mais cuidado na sua apresentação, estudando, com algum rigor, cenas de tempos que já lá vão. Revivendo o passado, na forma de ser e de estar e na manifestação da fé, estaremos a dar nos nossos dias, aos mais novos e a quem chega e nos visita, autênticas lições de história.
FM