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Gil Eanes
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FINALMENTE NAVIO-HOSPITAL...
Caríssimo/a:
1941 - «A primeira bênção [dos navios bacalhoeiros] foi protagonizada pelo Padre Cruz, passando depois a ser presidida pelo Cardeal Patriarca de Lisboa e posteriormente – de 1941 em diante – pelo arcebispo D. Manuel Trindade Salgueiro, conhecido por “bispo do mar”, natural de Ìlhavo, cujas origens se ligavam estreitamente ao mar e à pesca, pois era filho de pescador morto em naufrágio.» [Creoula, 16]
«O mestre Benjamim Mónica reatou a construção naval em madeira na Figueira da Foz [Murraceira], iniciando a construção de dois lugres, em madeira, em finais de 1941. estes deram trabalho a 250 homens, num “verdadeiro formigueiro humano”, inserindo os estaleiros da Murraceira na renovação da frota bacalhoeira preconizada pelo Estado Novo. Em 1943, os estaleiros da Murraceira entregaram as duas unidades. Tratava-se dos dois primeiros navios-motor em madeira da frota nacional e os futuros modelos “tipo CRCB”. A sua traça esteve a cargo do Engenheiro Naval Capitão-tenente J. Valente de Almeida e foram baptizados com os nomes BISSAYA BARRETO e COMANDANTE TENREIRO. Tinham capacidade para 660 t de carga de bacalhau cada e foram equipados com motor diesel de 500 CV, frigoríficos, TSF, luz eléctrica e aquecimento.» [Oc45, 116]
1942 - «Os estaleiros de Alcochete participaram na reestruturação da frota da pesca do bacalhau, em 1942, com a reconstrução do lugre-motor em madeira FLORENTINA, de 700 t e capacidade de albergar 420 t de bacalhau. Este lugre foi alvo de melhoramentos a nível das instalações dos tripulantes e dotado de aparelhagem moderna. Esta reconstrução decorreu sob as ordens do mestre José Maria e do Capitão Manuel Lourenço. O casco do antigo lugre-escuna TERRA NOVA dava lugar ao FLORENTINA, com capacidade para albergar 60 pescadores.» [Oc45, 114]
ASSISTÊNCIA SANITÁRIA «[D]epois o GIL EANES, navio comercial alemão, refugiado em águas portuguesas e arrestado pelas nossas autoridades aquando do início da I Guerra Mundial. Mas este navio que ao serviço da Armada Portuguesa os mais variados serviços alternados – cruzador, transporte de tropas e matérias primas, apoio à nossa gente nos Grandes Bancos, cabotagem entre as ilhas açoreanas, viagem ao Oriente, etc. - só em 1942 viria estabilizada a sua condição de navio-hospital, de apoio exclusivo à frota portuguesa, data em que por decreto ministerial foi abatido aos serviços da Armada e transferido definitivamente para a SNAB – Sociedade Nacional dos Armadores de Bacalhau. Sob a bandeira da nova companhia faria mais vinte e sete viagens aos bancos da Terra Nova e Gronelândia, como navio-hospital e de apoio logístico à frota portuguesa. A sua última campanha fez-se em 1954... » [Vd.1923 e 1955] [HDGTM, 43]
5 de Junho – O lugre-motor MARIA DA GLÓRIA é bombardeado por um submarino alemão e afunda-se.
Manuel