quarta-feira, 15 de julho de 2009

Um soneto de Domingos Cardoso

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Retrato incompleto
Gente que lavra a água igual ao chão Penteando os seus cabelos de moliço É o povo que mantendo a tradição, Dá vida ao moliceiro e ao seu feitiço. Gente ousada na dura emigração, Voltando à terra, findo o compromisso, É o povo que, p’ra ter mais farto o pão, Deixou, p’l mundo, a juventude e o viço. Tomando em suas mãos o seu destino A si mesmo se fez, desde menino, Este povo de história tão grandiosa. Peito aberto à saudade do futuro, De coração honrado e gesto puro, É gente boa, é gente da Murtosa! Domingos Freire Cardoso

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