segunda-feira, 20 de julho de 2009

Padre Tomás Afonso celebra Bodas de Ouro de ordenação presbiteral

SERVIÇO POR UM MUNDO MELHOR


Participei ontem, 19 de Julho, em Estarreja, num encontro comemorativo das Bodas de Ouro da ordenação do Padre Tomás Marques Afonso. Na eucaristia de acção de graças, a que presidiu D. António Francisco, marcaram presença o Bispo Emérito da Guarda, D. António dos Santos, padres e diáconos permanentes amigos, bem como pessoas oriundas das terras por que passou, no exercício do seu múnus sacerdotal, tanto de paróquias como das Forças Armadas, onde serviu como Capelão Militar. 

O Bispo de Aveiro, D. António Francisco, referiu, à homilia, o Ano Sacerdotal que está a decorrer, “por vontade expressa do Papa Bento XVI”, sublinhando a importância das vocações sacerdotais, “nascidas em famílias cristãs de vida dinâmica”. Depois frisou a caminhada presbiteral do Padre Tomás Afonso, dizendo que, presentemente, agora na sua terra, se encontra a servir o Povo de Deus, que está em Veiros. 
D. António agradeceu ao Padre Tomás o serviço “tão generoso” por ele prestado à Igreja de Jesus Cristo e ao seu povo. “Dou graças a Deus por este povo que ele serve, pelo serviço por um mundo melhor”, disse o Bispo de Aveiro. 
O Padre Tomás Marques Afonso começou a exercer o seu ministério sacerdotal precisamente na Gafanha da Nazaré, como coadjutor do Padre Domingos José Rebelo dos Santos. Natural do lugar de Póvoa de Cima, freguesia de Beduído, onde nasceu em 6 de Janeiro de 1934, foi ordenado presbítero em 19 de Julho de 1959, na sua igreja matriz, por D. Domingos da Apresentação Fernandes. 
Entrou na Gafanha da Nazaré em 27 de Outubro do mesmo ano, aqui tendo permanecido até 27 de Outubro de 1961. Depois passou por outras paróquias e pelas Forças Armadas, como Capelão, tendo atingido a posição de Coronel. 
Na Gafanha da Nazaré, tanto quanto me lembro e está registado na Monografia da Paróquia, o Padre Tomás desenvolveu a sua acção na Catequese, na Visita a Doentes, no Grupo Coral, no apoio à Juventude. Foi ainda capelão da Praia da Barra, tendo colaborado nas primeiras obras de restauro da igreja matriz da Gafanha da Nazaré, obras levadas a cabo pelo Padre Domingos. 
Estes encontros celebrativos oferecem-nos, para além do mérito de podermos recordar e enaltecer o labor de uma vida de meio século dedicado aos outros, a oportunidade de rever amigos que connosco caminharam em Igreja, tendo no horizonte um mundo mais fraterno. 
Outros dois coadjutores da Gafanha da Nazaré ali encontrei: os Padre Arménio Pires Dias e José Manuel Ribeiro Fernandes. O primeiro, que antecedeu nas funções o Padre Tomás, precisamente, entre 27 de Dezembro de 1958 e 25 de Dezembro de 1959, e o segundo, que se lhe seguiu, entre 24 de Novembro de 1961 e 10 de Outubro de 1965. Destes dois, ficaram na minha memória, os mesmos sorrisos e as mesmas disponibilidades para o serviço dos outros, numa entrega total. 
O Padre Arménio é o pároco de Salreu e o Padre José Manuel está ao serviço da emigração, nos Estados Unidos da América. 
O Padre Tomás, ao recordar um pouco da sua vida, agradeceu a Deus, que sempre o dinamizou no cumprimento da sua missão, “quer dentro dos Quartéis ou Unidades Militares, quer nas paróquias” que serviu. Recordou “os nativos africanos da Guiné, Moçambique e Angola”, que o ensinaram “a cultivar maiores conhecimentos dos Povos e do Universo”, e manifestou a sua gratidão aos muitos conterrâneos, familiares, amigos e outros povos, por onde passou e de quem se tornou servo. 
O Padre Tomás ainda manifestou vontade de trabalhar por mais uns 25 anos, porque se sente com coragem para isso. Eu, que até acredito na possibilidade da concretização dessa vontade, prometo que tentarei ficar por cá, para com ele comemorar as suas Bodas de Diamante da ordenação presbiteral. 

Fernando Martins

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