sábado, 28 de março de 2009

Um Poema de Oliveiros Louro

Vaga a origem, futuro incerto Ur-Mesopomâmia, talvez a origem... Talvez a origem dos barcos moliceiros. Talvez Tartessos dos velhos marinheiros, Névoas de génese que não me afligem. Mais me atormenta o porto da viagem, O passado recente das Gafanhas, Murtosas, Os painéis e legendas, ingénuos, escabrosas, Cisnes, pastos bravos, maçaricos, miragens. O chiste, os pés doridos, a vela, a gaivota, Moliço, maresia, o lodo e o patacho, Ancinho na lama mole... Mas eu acho Que tão vária imagem meus sonhos enxota. Como a um bando de belos flamingos Tão leves, esbeltos, talvez comendo crico. E as viagens-miragens passam e eu fico A cismar no futuro... desses barcos lindos. O.L. Timoneiro, Janeiro de 1989

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