
Eu não sei se todos os meus visitantes sabem que Magalhães foi um navegador português que deixou Portugal para trabalhar para os Reis Católicos, nossos vizinhos na Península Ibérica. Não chegou a concluir a volta ao mundo, mas ficou na história como tendo sido o autor da iniciativa. E ao serviço dos nossos vizinhos terá esquecido a Língua que Camões imortalizou.
É que, meus caros, agora metido num portátil, adaptado aos alunos das nossas escolas, o Magalhães (que me perdoe o autêntico, onde quer que ele esteja) ainda não reaprendeu o Português, sem erros, que tinha a obrigação de utilizar nos seus diálogos com as nossas crianças. Ouvi dizer, no entanto, que ele, o computador, foi ensinado por quem sabe pouco da Língua Pátria, razão por que tem baralhado tanta gente jovem e menos jovem.
Cá para mim, o Magalhães devia apanhar uma palmadas para não brincar com coisas sérias... Pode lá um Magalhães destes, nado e criado neste rectângulo ibérico, ainda agarrado à fama de ser bom navegador, andar por aqui a usar palavras que terá aprendido nem se sabe como nem onde, baralhando alunos que deviam, desde tenra idade, ouvir e falar um Português escorreito!
Ó meu caro Magalhães, deixa-te de brincadeiras e volta quanto antes à escola portuguesa, para aí aprenderes o que desaprendeste enquanto trabalhaste para os Reis Católicos.
FM