(Foto do meu arquivo)
Segundo reza a história, a Feira de Março terá nascido por decreto régio de D. Duarte, no ano de 1434. Outros sugerem que a feira franca, que esteve na origem da actual Feira de Março, surgiu antes dessa data.
Mons. João Gaspar, no seu mais recente livro, “AVEIRO – Recordando Efemérides”, aceita aquele ano e até adianta o dia 27 de Fevereiro. E acrescenta: “El-Rei D. Duarte, julgando ser do seu serviço e para bem do Reino e com o propósito de engrandecimento de Aveiro, nesta data deu «poder e licença» ao infante D. Pedro, seu irmão, que mandasse «fazer e se faça daqui em diante em cada hum ano na sua uila dAveiro e no mês de Maio huma feira franqueada, a qual se fará por esta guisa começar-se no primeiro dia do dito mês e durará até ao dia de São Miguel seguinte, que são outo dias.”
Sublinha a seguir que “desde cedo foi transferida para os últimos sete dias de Março.”
Depois destas curtas notas históricas, penso que vale a pena salientar que a Feira de Março está, de facto, no nosso imaginário. Quem há por aí que a não tenha visitado, nem que seja a correr, como quem cumpre, religiosamente, uma obrigação anual.
Eu também lá costumo ir, nem que seja de fugida. Olho a animação, aprecio as quinquilharias, dou uma volta pelas indústrias ali representadas, com inovações, vejo a criançada a divertir-se nos carrosséis, como uma fartura (ou duas, se me deixarem) e regresso a casa com a sensação do dever cumprido.
FM