quarta-feira, 11 de março de 2009

A dor irmana as pessoas

Não se olha a distâncias para estar ao lado de quem sofre
A morte de uma pessoa aproxima, inevitavelmente, os familiares e amigos. Foi assim na segunda-feira, no funeral de uma amiga, a Manuela. Os familiares vieram dos EUA e os seus amigos acompanharam-na à sua última morada terrena. Quem tem fé, acredita que depois da morte física outra vida virá, no seio de Deus. Na dor, todos se sentem irmanados e não se olha a distâncias para estar ao lado de quem sofre. É um sentimento nobre e muito humano, que podemos e devemos cultivar. Nestes momentos, há sempre a possibilidade de encontrar quem já não vemos há muito. Sentimos a efemeridade da vida, ouvimos desabafos e deixamos falar as nossas emoções. Na dor, afinal, ainda nos podemos ajudar mutuamente a reencontrar amizades e a sugerir caminhos de envolvimento que compensem as horas menos boas que a solidão da reforma profissional pode trazer. O Jacinto, emigrante nos EUA e irmão da Manuela, não quis deixar de me dizer quanto aprecia, longe da Gafanha da Nazaré, as notícias desta terra que o viu nascer, através do meu blogue, que visita com frequência. Gostei de saber, de viva voz, o que por e-mail tenho recebido de tantos outros migrantes. E por isso, por cá continuarei a dar o que posso e sei. Um abraço para todos. FM

1 comentário:

  1. Concordo, plenamente consigo, Professor!
    A dor irmana as pessoas...os verdadeiros amigos!
    Um amigo do coração...é aquele que ri quando eu rio e chora ao mesmo tempo que eu!
    Também o senti....no passado dia 11 de Setembro!
    Sobretudo, daqueles que me pareciam muito distantes dos meus problemas familiares - os meus coworkers!
    Fiquei profundamente sensibilizada, quando deparei, no meio da multidão que me acompanhou na dor da perda .......com o Conselho Executivo da minha Escola, em peso!
    Eles......tão ocupados que andam sempre,.....sabem o que é a SOLIDARIEDADE!
    O meu reconhecimento!
    DA

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