Não se olha a distâncias para estar ao lado de quem sofre
A morte de uma pessoa aproxima, inevitavelmente, os familiares e amigos. Foi assim na segunda-feira, no funeral de uma amiga, a Manuela. Os familiares vieram dos EUA e os seus amigos acompanharam-na à sua última morada terrena. Quem tem fé, acredita que depois da morte física outra vida virá, no seio de Deus.
Na dor, todos se sentem irmanados e não se olha a distâncias para estar ao lado de quem sofre. É um sentimento nobre e muito humano, que podemos e devemos cultivar.
Nestes momentos, há sempre a possibilidade de encontrar quem já não vemos há muito. Sentimos a efemeridade da vida, ouvimos desabafos e deixamos falar as nossas emoções. Na dor, afinal, ainda nos podemos ajudar mutuamente a reencontrar amizades e a sugerir caminhos de envolvimento que compensem as horas menos boas que a solidão da reforma profissional pode trazer.
O Jacinto, emigrante nos EUA e irmão da Manuela, não quis deixar de me dizer quanto aprecia, longe da Gafanha da Nazaré, as notícias desta terra que o viu nascer, através do meu blogue, que visita com frequência. Gostei de saber, de viva voz, o que por e-mail tenho recebido de tantos outros migrantes. E por isso, por cá continuarei a dar o que posso e sei. Um abraço para todos.
FM