(Des)Envolver
1. Na noção de desenvolvimento juntam-se todas as ideias e práticas que querem confluir no progresso de todos e de cada um. A Cimeira do Milénio do ano 2000 ergueu oito grandes objectivos a serem atingidos até 2015, os chamados Objectivos de Desenvolvimento do Milénio que foram aprovados por todos os 189 Estados Membros das Nações Unidas. Nesta semana, também entre nós comunidade local, eles merecerão destaque especial, tanto como sensibilização comunitária como na perspectiva de acção solidária. Se mais uma gota de solicitude entrar neste oceano de paz e solidariedade que todos queremos que cresça, então valerão sempre a pena todas as iniciativas e boas vontades que se manifestam. Venham para ficar!
2. Também as circunstâncias da presente história socioeconómica que se vai escrevendo obrigará ao despertar da nova consciência capaz de estruturar as soluções mais a partir da realidade concreta que dos planos teóricos. Os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio trazem consigo essa carga de força político-educativa que se alavanca nas raízes do generoso serviço à Humanidade. Vale a pena elencar a nova carta de condução da Humanidade no séc. XXI, nos seus Objectivos: 1. Erradicar a pobreza extrema e a fome; 2. Alcançar a educação primária universal; 3. Promover a igualdade do género e capacitar as mulheres; 4. Reduzir a mortalidade infantil; 5. Melhorar a saúde materna; 6. Combater o HIV/SIDA, a malária e outras doenças; 7. Assegurar a sustentabilidade ambiental; 8. Desenvolver uma parceria global para o desenvolvimento.
3. Como lá chegar? Cada objectivo é um mundo. Sabe-se que, infelizmente, não chegaremos tão rápido e urgente quanto necessário. Mas, pelo menos, finalmente, estes Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, oito anos depois de terem sido aprovados, começam a chegar aos corredores da praça social. Todos os cidadãos Humanos são necessários. Quem dera que não tarde tantos anos esse desenvolver. Não será pela mágica mas na ética.
Alexandre Cruz