O EXPRESSO publica hoje, na REVISTAÚNICA, na capa, um excerto do Hino Nacional. Sublinhada está a expressão “O esplendor de Portugal” e dentro, à sombra dela, há o Prato Principal da revista, com uma entrevista a Saramago; Um País como nunca se viu, em fotografia; estatísticas sobre o O que dizem os números; Empresas do futuro; Ícones e outros temas interessantes. Tudo para nos fazer pensar. Tudo para nos sentirmos orgulhosos.
Deixo aos meus leitores o prazer de ler esta revista do EXPRESSO. Aqui e agora quero, somente, lembrar que sou do tempo em que o Hino Nacional era aprendido nas escolas, desde a primeira classe. A minha geração e as que se seguiram sabiam cantar bem o Hino. Afinado e com altos e baixos aplicados com rigor.
Depois veio a moda de que isso era nacionalismo serôdio e o ensino do Hino Nacional começou a ficar esquecido. Houve um despacho ministerial no sentido de se retomar o ensaio do nosso Hino, mas penso que as nossas escolas o deixaram cair para os espaços museológicos. Então, como pela força das circunstâncias importa cantá-lo, é certo e sabido que se cai na desafinação geral. Muitos só sabem a parte final, quando se apela:
“Às armas, às armas!
Pela Pátria Lutar
Contra os canhões
Marchar, marchar!”
Já agora, permitam-me que alinhe com o escritor Alçada Baptista, quando um dia disse que era tempo de substituir precisamente este final, por não ser adequado aos tempos que vivemos, tempos de lutar pela Pátria, sem violência, mas com inteligência e com criatividade.
FM