Escola da Ti Zefa, hoje oficina de bicicletas e motorizadas
Antigos alunos querem encontrar-se
Nos últimos dias, têm-se repetido as consultas, no sentido da viabilidade de um encontro de antigos alunos da escola da Ti Zefa. Alguns amigos, que por lá passaram, muitos deles há mais de sessenta anos, perguntam-me se será possível organizar uns momentos de convívio, para recordar e sobretudo para matar saudades.
A ideia, tanto quanto sei, partiu do José Maio, que não vejo há anos. Sei que emigrou e que já regressou, mas a verdade é que não o tenho visto. O mesmo acontece com outros, que o tempo tem abastado do nosso convívio.
De quando em vez lá me vou cruzando com um ou outro, e então há sempre uma troca de impressões sobre a vida, com o passado a marcar presença nas nossas conversas. E não faltam perguntas sobre este ou aquele colega que anda longe dos nossos olhares e dos nossos caminhos. Também vamos sabendo de um ou outro que já não está entre nós, embora se mantenha no nosso espírito.
Aos que me abordam sobre a possibilidade do encontro, digo sempre que estou disponível e que só aguardo ordens para aparecer onde for preciso, para a cavaqueira que se impõe.
Recordar é viver. Todos sabemos disso. Mas não podemos ficar simplesmente pelas ideias; é preciso mesmo deixar os nossos comodismos e avançar.
As nossas recordações estão à espera de soltar as amarras para verem a luz do dia, em conversa franca e amiga uns com os outros.
Fernando Martins