1. «Talvez tenha chegado o tempo de gritar!» A afirmação é de Fernando Nobre, presidente da AMI – Assistência Médica Internacional http://www.ami.org.pt/, em sessão (realizada a 4 de Junho) promovida pelos Serviços de Acção Social da Universidade de Aveiro. A resposta à temática «É possível sonhar com um mundo melhor?», integrando a apresentação do seu último livro «Gritos contra a Indiferença» (2008, editora Temas e Debates), foi partilhada com a experiência de serviço humanitário que ultrapassa todas as fronteiras. A AMI, fundada a 5 de Dezembro de 1984, tem sido ao longo destes já longos anos a realização solidária desse grito de esperança e de inquietação humana que supera as fronteiras dos estados, no primado da causa do serviço às pessoas na sua situação.
2. Quem vive autenticamente para servir não esconde as dificuldades e as barreiras encontradas nessa mesma entrega. Fernando Nobre não teme, por exemplo no recente caso da Birmânia, em esconder os problemas encontrados mas manifesta a esperança da resolução positiva das contrariedades, também na desejada abertura de fronteiras ideológicas para a solicitude para com as populações afectadas. Nas sociedades democráticas ele apresenta um tripé no qual assentar a construção social: 1. O Estado (de direito); 2. A economia (social); A sociedade civil (viva e fortemente actuante). Como se depreende, talvez pudéssemos ordenar de forma diversa estes três vectores, mas sempre no essencial da sua preservação harmónica e como estruturação de uma comunidade verdadeiramente humana.
3. Este último livro completa o anterior «Viagens contra a Indiferença» (2004). A obra actual também é colectânea de artigos e conferências realizadas nestes últimos dez anos, em que nos apercebemos da evolução premente que a luta contra a indiferença assume. Destaca Fernando Nobre que, da sua leitura viajante do mundo, e diante do colapso de tantas certezas recentes cabalmente desmoronadas, não chega falar é mesmo preciso «gritar» e agir. Uma boa (e profundamente inquietante) leitura para o tempo de verão poderia ser este escrito do presidente da AMI. Não são pensamentos dedutivos, de cima para baixo. Antes pelo contrário, partem da crueza das realidades e procuram esboçar uma concepção realista de sociedade em dignidade da pessoa humana. Se perdermos esta «luz» de sabedoria, perdemos tudo.
4. Tanto que é preciso reinterpretar toda a realidade a partir destas realidades tão cruas! E tanto que estes sábios da experiência deveriam ser mais ouvidos pelos decisores, dos políticos aos educativos! Também nestes terrenos é preciso um gritar humano!
2. Quem vive autenticamente para servir não esconde as dificuldades e as barreiras encontradas nessa mesma entrega. Fernando Nobre não teme, por exemplo no recente caso da Birmânia, em esconder os problemas encontrados mas manifesta a esperança da resolução positiva das contrariedades, também na desejada abertura de fronteiras ideológicas para a solicitude para com as populações afectadas. Nas sociedades democráticas ele apresenta um tripé no qual assentar a construção social: 1. O Estado (de direito); 2. A economia (social); A sociedade civil (viva e fortemente actuante). Como se depreende, talvez pudéssemos ordenar de forma diversa estes três vectores, mas sempre no essencial da sua preservação harmónica e como estruturação de uma comunidade verdadeiramente humana.
3. Este último livro completa o anterior «Viagens contra a Indiferença» (2004). A obra actual também é colectânea de artigos e conferências realizadas nestes últimos dez anos, em que nos apercebemos da evolução premente que a luta contra a indiferença assume. Destaca Fernando Nobre que, da sua leitura viajante do mundo, e diante do colapso de tantas certezas recentes cabalmente desmoronadas, não chega falar é mesmo preciso «gritar» e agir. Uma boa (e profundamente inquietante) leitura para o tempo de verão poderia ser este escrito do presidente da AMI. Não são pensamentos dedutivos, de cima para baixo. Antes pelo contrário, partem da crueza das realidades e procuram esboçar uma concepção realista de sociedade em dignidade da pessoa humana. Se perdermos esta «luz» de sabedoria, perdemos tudo.
4. Tanto que é preciso reinterpretar toda a realidade a partir destas realidades tão cruas! E tanto que estes sábios da experiência deveriam ser mais ouvidos pelos decisores, dos políticos aos educativos! Também nestes terrenos é preciso um gritar humano!