«D. Manuel Clemente [Bispo do Porto] aponta que “trabalho e capital devem convergir para o bem geral duma sociedade que comporta os dois e ganha com o seu dinamismo mútuo”.
As organizações sindicais são um factor construtivo de ordem social e de solidariedade e, portanto, um elemento indispensável da vida social, indica o Bispo, que apela às associações que assumam uma função de “colaboração com os outros sujeitos sociais” e que se “interessem pela gestão da coisa pública. As organizações sindicais têm o dever de influenciar o poder político, de modo a sensibilizá-lo devidamente para os problemas do trabalho e a empenhá-lo a favorecer a realização dos direitos dos trabalhadores”.
O Bispo do Porto rejeita qualquer determinismo na história, acrescentando que o homem é o árbitro da “complexa fase de mudança”. “O homem é o verdadeiro protagonista do seu trabalho. Ele pode e deve assumir de modo criativo e responsável as actuais inovações e reorganizações que sirvam ao crescimento da pessoa, da família, das sociedades e de toda a família humana”.»
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