sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

O ABORTO CLANDESTINO

Durante a campanha para o referendo sobre o aborto, disse aqui que o aborto clandestino continuaria a ser uma realidade, como desde sempre o foi. E disse, na altura, que tal aconteceria, fundamentalmente, porque a mulher e o homem o vêem como acto intrinsecamente mau. Por isso o procuram e o provocam às escondidas, convencidos de que, coisa que não se vê não é crime. Mas é, sobretudo quando ignora, conscientemente, tanto as leis naturais como os princípios religiosos, neste caso para os crentes. Não me espanta, portanto, que os abortos legais tenham ficado aquém dos esperados. Isto é, os abortos clandestinos, tendo em conta os números propagados durante a campanha, continuam. Agora, com o silêncio dos que tanto os queriam eliminar, tornando os abortos livres e pagos pelo Estado, sabe-se que eles são feitos, nem que seja, como foi o caso, no silêncio do quarto de uma jovem estudante. Uns tantos comprimidos, de venda livre, poderiam matar mãe e filho. O filho não terá escapado e a jovem que não quis ser mãe, levada pela propaganda dos que aceitam o aborto como grande conquista civilizacional, sofreu as consequências da sua opção. Para mim, ficou com uma marca que jamais esquecerá; para outros será coisa de somenos, porque o que importa é ser dona do seu corpo. FM

1 comentário:

  1. A nossa Sociedade também é responsável por esta calamidade. Sempre condenou e apontou qualquer jovem que tivesse a infelicidade de engravidar "antes do tempo" quando no fundo lhe devia proporcionar todo o apoio antes (com educação) e depois com protecção. O acto de ser Mãe devia ser mais enaltecido mas infelizmente todos conhecemos a vergonha que isso representava. Por outro lado acho asqueroso a maneira empolgada como os defensores do aborto apregoam esta vicória radical.

    Continuo muito apreensivo.

    JM

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