domingo, 13 de janeiro de 2008

ÍLHAVO celebra aniversário

Marina da Costa Nova

Jardim 31 de Agosto, na Gafanha da Nazaré



Gafanhoas de há 60 anos




Jardim Henriqueta Maia, em Ílhavo




ILHAVENSES E GAFANHÕES DE MÃOS DADAS

Com um conjunto de actividades diversificadas, o Município de Ílhavo celebrou hoje o 110.º aniversário da sua restauração. É já velhinho, mas mantém, com altivez, uma juventude plena de vitalidade. A esperança num futuro marcado pelo progresso, a todos os níveis, e pela sã convivência continuará a ser uma aposta em que todos temos de acreditar.
Para trás, ficam algumas guerrinhas, alimentadas, há décadas, pela idiossincrasia dos povos que por terras de Ílhavo se juntaram. Ilhavenses por um lado, gafanhões pelo outro. Uns olhando o mar, outros fixando a terra. Uns enfrentando as ondas alterosas, para delas extraírem riqueza e se abrirem a novos horizontes; outros dominando as dunas esbranquiçadas e improdutivas, que transformaram em terra fértil.
Ilhavenses e gafanhões deixaram-se envolver, aceitando, por quantos de outras paragens vieram e se aconchegaram, dando o seu trabalho e os seus usos e costumes, ao ponto de todos possuirmos sangue, suor e lágrimas de recantos, nunca imaginados, do País e até do estrangeiro. Uns partiram em demanda de sonhos que a terra-natal lhes negava ou por simples aventura. Outros saíram por motivos profissionais. Todos mantêm, pelo que sei, um amor acrisolado à terra-mãe.
A celebração do 110.º aniversário, que vai ser um cântico ao passado e ao presente, que todos moldámos com a nossa tenacidade e amor ao solo que nos viu nascer, não deixará de ser, também, um apelo à unidade, dentro das nossas diversidades, para que, de mãos dadas, saibamos construir um futuro de mais justiça, de mais paz e de mais progresso social, sem nunca descurarmos a solidariedade, mãe da fraternidade.
Que todos, neste dia, queiramos, ainda, sorrir uns para os outros. O Concelho de Ílhavo não é monopólio de ninguém. Todos nele temos uma parcela do passado e do presente. E todos queremos prosseguir na caminhada, assumindo, com a nossa quota-parte, as responsabilidades inerentes à construção de uma terra melhor.
FM.

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