UMA SOCIEDADE QUE VIVA EM PAZ E PARA A PAZ
Celebra-se hoje, 27 de Outubro, o Dia dos Jornalistas pela Paz. A lógica diz-nos que, se há jornalistas que querem a paz, também haverá outros que tudo fazem para criar guerras entre pessoas e nações. E se os primeiros serão em maior número, os outros, os que querem a guerra, terão de ser catequizados e estimulados para aderirem ao grupo dos primeiros.
Um dia, num curso sobre jornalismo, o palestrante, um jornalista com responsabilidades ao nível sindical, perguntou, para promover o diálogo, qual é, verdadeiramente, a função primordial do jornalista. Choveram as respostas, qual delas a mais curiosa. A todas, o jornalista convidado ia dando a entender que ainda ninguém tinha batido na porta certa… Todos os “alunos” se olhavam, interrogativos, já com curiosidade sobre qual seria a resposta certa. Depois de muito ouvir, o palestrante adiantou com toda a naturalidade: A primordial função do jornalista é contribuir para um mundo melhor.
Aqui está a chave da questão. Se todos os profissionais da comunicação social assumissem esta asserção, decerto o mundo seria de facto um mundo de paz e nunca de guerra. O mundo seria mais justo, mais equilibrado, mais solidário, mais fraterno.
Eu sei, todos sabemos, que esses são os ideais definidos para uma sociedade mais humana e que é preciso lutar para os atingirmos. Mas também é verdade que há gente, na comunicação social e fora dela, por doença, por deformação genética, por taras inexplicáveis, por ódios acumulados sem sabermos como nem porquê, por raivas e interesses mesquinhos, que só estão bem fazendo a guerra, espezinhando a paz, promovendo o mal, fugindo do bem.
Ora, este Dia dos Jornalistas pela Paz devia ser um dia de reflexão, de procura de caminhos de justiça, de verdade, de amor, de liberdade, de democracia, de solidariedade e de caridade. Penso que só estes caminhos poderão conduzir a uma sociedade que viva em paz e para a paz.
Fernando Martins