A PESSOA HUMANA,
CORAÇÃO DA PAZ
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"O dever de respeitar a dignidade de cada ser humano, em cuja natureza se reflecte a imagem do Criador, tem como consequência que não se possa dispor da pessoa arbitrariamente. Quem detém maior poder político, tecnológico, económico, não pode aproveitar disso para violar os direitos dos outros menos favorecidos. De facto, é sobre o respeito dos direitos de todos que se baseia a paz. Ciente disso, a Igreja faz-se paladina dos direitos fundamentais de cada pessoa. De modo particular, ela reivindica o respeito da vida e da liberdade religiosa de cada um. O respeito do direito à vida em todas as suas fases estabelece um ponto firme de importância decisiva: a vida é um dom de que o sujeito não tem completa disponibilidade. Igualmente, a afirmação do direito à liberdade religiosa põe o ser humano em relação com um Princípio transcendente que o furta ao arbítrio do homem. O direito à vida e à livre expressão da própria fé em Deus não está nas mãos do homem. A paz necessita que se estabeleça uma clara fronteira entre o que é disponível e o que não o é: assim se evitarão intromissões inaceitáveis naquele património de valores que é próprio do homem enquanto tal"
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