Vamos alimentar o diálogo
::
Para alimentar o diálogo, de forma sadia, aqui torno mais visível um comentário feito ao meu spot com o título "Ao correr da pena... ou do teclado".
:::
"É cientificamente falso que um aborto "deixa traumas para toda a vida em quem o faz".
Um parto é muito mais traumatizante (em termos físicos e de risco de vida), embora não tenha a carga emocional de culpabilização que é ideologicamente inculcada a quem aborta.
Devemos tentar utilizar uma linguagem com conceitos precisos e sustentados em estudos filosóficos, éticos, mas também médicos e científicos (de que "traumas" estamos a falar?)e não embarcar em meras impressões ou conceitos ambíguos.
Falar da "natureza" é outro conceito falacioso, porque na natureza, uma parte significativa das fecudações redundam em abortos espontâneos. Aliás, na própria gestação de um embrião, produzem-se fenómenos naturais de destruição de outros potenciais embriões.
Estudar e investigar os diferentes aspectos do assunto em discussão ajudam a enquadrar melhor o problema."
Rui Falcão
:::
Uma explicação
Gostei da sua participação no diálogo que se pretende animar à volta deste tema tão complexo. O silêncio é que é perigoso.
Tenho ouvido e lido, de alguns testemunhos de mulheres que provocaram ou aceitaram o aborto (Hoje mesmo o ouvi na rádio), que jamais esquecerão o dia em que se dirigiram à casa onde abortaram.
Claro que haverá gente que aborta e se fica a rir. Também admito que muitas ficarão alegres por se verem livres do feto.
Também se sabe que há abortos não desejados, espontâneos. Mas não é desses que estamos a falar. Estamos a falar dos que são desejados e feitos, conscientemente, pelas mulheres, decerto por razões muito fortes... ou simplesmente porque não querem ter os filhos...
O diálogo vai continuar...
F.M.