O primeiro-ministro, José Só-crates, lança 122 novos centros de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC), entida-des em que o Governo pretende envolver em acções de qualificação cerca de um milhão de pessoas até 2010.
Os centros RVCC destinam-se a reconhecer a formação e aprendizagem de adultos em várias áreas profissionais fora do sistema escolar tradicional, permitindo à população activa com escolaridade reduzida obter habilitações reconhecidas equivalentes ao 9º e 12º anos de escolaridade.
José Sócrates assinalará o lançamento dos novos centros, que fazem parte do programa "Novas Oportunidades", durante uma sessão que decorrerá no Centro de Formação Profissional da Indústria de Construção Civil e Obras Públicas do Sul (Cenfic), no Prior Velho, em Lisboa.
Além do chefe do Governo, estarão também presentes na sessão - em que será assinado "um compromisso de missão" pelos directores dos novos centros -, os ministros da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, e do Trabalho e Solidariedade, Vieira da Silva.
De acordo com dados do Governo, a abertura dos novos 122 centros RVCC permitirá que se encontrem em funcionamento 220 centos de RVCC no final de 2006 - valor que o Executivo diz estar "acima da meta traçada" para este ano, no âmbito do programa "Novas Oportunidades".
Entre os principais objectivos do programa "Novas Oportunidades" está a "qualificação de um milhão de activos até 2010, através do sistema de RVCC e de formação complementar ao nível do 9º e do 12º anos de escolaridade.
O programa "Novas oportunidades" pretende ainda dar prioridade às vias tecnológicas e profissionalizantes para jovens, fazendo com que cerca de 650 mil pessoas sejam abrangidas. No caso do ramo da construção civil, segundo os dados do Cenfic, a mão-de-obra no sector atinge "aproximadamente meio milhão de trabalhadores, estando 50 por cento nas regiões Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve".
Entre os 250 mil trabalhadores desta zona do país, o Cenfic refere que 16.750 tem menos do que o quarto ano de escolaridade, cerca de 149 mil não possui o sexto ano e cerca de 46500 não completou o 9º ano de escolaridade.
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Fonte: SOLIDARIEDADE