Portugal quase estagnado
num mundo em expansão
Portugal é, entre as economias classificadas como "avançadas" pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), aquela que piores indicadores económicos deverá apresentar durante este ano.
As previsões publicadas ontem no relatório de Primavera pela entidade sedeada em Washington colocam Portugal como o país, entre os 29 mais ricos do mundo, em que a taxa de crescimento económico será menor este ano e, como se não bastasse, o segundo que irá registar maiores desequilíbrios tanto na balança externa como na orçamental. E mesmo ao nível da taxa de desemprego, indicador em que tradicionalmente a comparação internacional era mais favorável, a posição conseguida por Portugal em 2006 é já na metade da tabela com um valor mais elevado.
O FMI corrigiu em baixa a sua previsão de crescimento para Portugal em 2006 para 0,8%. Em Setembro do ano passado antecipava uma variação do PIB de 1,2% . Com a nova estimativa ontem apresentada, o FMI adopta o mesmo valor projectado pelo Banco de Portugal e assume uma expectativa mais pessimista do que o Governo, que continua a apostar num crescimento de 1,1% este ano. Para 2007, o FMI coloca a economia nacional a crescer a uma taxa de 1,5%, um valor que é bastante mais favorável que a projecção do Banco de Portugal (1%), mas que ainda assim não chega aos 1,8% que o Governo inscreveu no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC).
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(Para ler o artigo de Sérgio Aníbal no Diário de Notícias, clique aqui)