Quercus aponta
os cinco pecados
ambientais portugueses
Portugal continua a ter um mau desempenho a nível ambiental, continuando a praticar cinco grandes "pecados ambientais" - elevadas emissões de gases produtores do "efeito de estufa", erosão costeira, perda gradual da biodiversidade, excesso de construção e enorme desperdício de água - acusou hoje a associação ambientalista Quercus, no âmbito do Dia da Terra.
Em comunicado, aquela organização denuncia a manutenção, em Portugal, de elevadas emissões de gases produtores do "efeito de estufa", contribuindo para o aquecimento global e para alterações climáticas, "provavelmente o maior problema do século XXI".
Recordando o Protocolo de Quioto, assinado por países de todos os continentes para tentar limitar as emissões de cada nação, a Quercus lamenta que Portugal seja "dos [países] que apresentam maior distância em relação ao objectivo".
As emissões portuguesas rondam, segundo os cálculos da organização, os 40 por cento acima das de 1990, quando, de acordo com o Protocolo de Quioto, deveriam quedar-se nos 27 por cento, e só nos últimos dois anos subiram 1,5 por cento.
O segundo "pecado" apontado pela Quercus é o da erosão costeira, que nos últimos anos atingiu em alguns locais nove metros por ano, um problema que afecta 28,5 por cento da extensão da costa nacional, principalmente no Norte e Centro.
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