domingo, 5 de março de 2006

PAPA CONTRA A EXPLORAÇÃO

Bento XVI deixa apelo contra a exploração a empresários católicos
Bento XVI fez ontem um apelo aos empresários e ao mundo da economia contra a exploração. O Papa pediu que se evite "qualquer forma de exploração" e que se reconheça a "importância da família e a responsabilidade pessoal", durante a audiência que concedeu na Sala Paulo VI do Vaticano, a cerca de 8 mil pessoas da União Cristã de Dirigentes Empresariais (UCID) e outras associações filiadas na UNIAPAC, incluindo a Associação Cristã de Empresários e Gestores de Empresas (ACEGE), de Portugal. O Papa precisou que o apelo à "responsabilidade pessoal" e para evitar a "exploração” é válido inclusive “em situações económicas adversas". Bento XVI recomendou aos empresários cristãos que tenham presente a ensinamento da Igreja e em particular que examinem com atenção o Compêndio da Doutrina Social da Igreja. O Papa fez referência à segunda parte da sua encíclica “Deus caritas est”, onde fala da necessidade dos cristãos trabalharem em favor de uma ordem social justa, participando pessoalmente na vida publica, cooperando com os outros cidadãos sob a sua responsabilidade pessoal. Na audiência, um exemplar do "Código de Ética" da ACEGE foi entregue ao Papa por empresários e gestores portuguesesO respeito e a promoção do projecto de vida dos trabalhadores é uma das obrigações dos gestores e empresários que subscreveram o Código de Ética, que foi entregue ao Papa durante esta audiência pelo presidente da ACEGE, João Alberto Pinto Basto. Assinado por mais de 400 gestores e empresários portugueses, o Código de Ética recomenda a defesa da dignidade dos homens que colaboram nas empresas, o que passa pelo respeito do projecto de vida dos trabalhadores, dando especial atenção à sua felicidade familiar. Evitar práticas discriminatórias e estabelecer uma remuneração justa, ponderada pela realidade do sector económico, são outras das obrigações dos gestores e empresários que subscreveram o documento. No que se refere à economia social de mercado, o Código de Ética defende o cumprimento das leis do país, a promoção de uma concorrência leal e honrada e a luta contra todas as formas de corrupção activa ou passiva, entre outras. O Código de Ética, entregue ao Papa, define ainda que os colaboradores devem ser informados de forma adequada e honesta sobre a vida da empresa e que devem ter condições de trabalho que respeitem a dignidade e a saúde. : Fonte: Ecclesia

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