domingo, 15 de janeiro de 2006

Um poema de Fernando Echevarría

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Fernando Echevarría
É DOCE ENVELHECER É doce envelhecer quando o que avança é ir recrudescendo a inteligência. Entra-lhe o mundo no vagar. Decanta o seu volume inteiro de contenda. Transporta-se. E entrega na palavra a inteligível criação. Entrega o desenvolvimento. O pulso. A trama que ajustam sua refundação aberta. E a doçura de se ir vendo alarga o envelhecimento a quase ciência. Uma ciência onde o enigma é alma. E onde o mundo contunde. Insiste. E pesa.
: In “Observatório da cultura”, número especial,
Dezembro de 05.
Edição do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura “Fernando Echevarría nasceu em 1929. Estudou Filosofia e Teologia. Viveu muitos anos em Paris, onde se ocupou na área do ensino. A sua poesia começou a afirmar-se nos fins dos anos 50, marcada inicialmente por uma grande concentração metafórica que acompanhava uma espécie de respiração polifónica dos motivos. Para abrigar-se progressivamente numa admirável depuração verbal, tirando partido das elipses, das sugestivas contracções dircursivas, das suspensões diante do sentido. A palavra de Echevarría é um idioma decantado quase até ao limite da abstracção. Mas pelas cesuras dessa língua o fulgor brilha, recôndito e intensamente presente." : Das suas obras mais recentes destacamos: “Introdução à Filosofia” (Poesia), “Geórgicas” (Poesia), “Uso da Penumbra” (Poesia), “Introdução à Poesia” (Poesia).”
In “Observatório da cultura” :: Nota: Fernando Echevarría recebeu o “Prémio de Cultura – Padre Manuel Antunes”, na sua primeira atribuição, prémio anual instituído pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.

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